Campinas pretende vacinar 71 mil na campanha de vacinação do idoso, que começa dia 23

12/04/2007

A Secretaria de Saúde de Campinas inicia no próximo dia 23 a Campanha de Vacinação do Idoso. Direcionada para a população com mais de 60 anos, a campanha pretende atingir pelo menos 71,7 mil pessoas, número que representa 70% dos 102.456 campineiros nesta faixa etária. Em 2006, Campinas atingiu uma cobertura de 76,2%.

A campanha é uma estratégia do Ministério da Saúde e ocorre em todo território nacional até dia 4 de maio. Também serão aplicadas doses contra difteria e tétano (dupla adulto) em adultos não vacinados. A vacina contra pneumonia (anti-pneumocócica) estará disponível para casos específicos.

As doses vão estar disponíveis nas 62 unidades básicas de saúde espalhados em todas as regiões da cidade, durante o horário habitual de funcionamento de cada serviço. No sábado, 28 de abril, dia da mobilização nacional, estas unidades vão atender das 8h às 17h. Neste dia, além das unidades básicas de saúde, a Secretaria vai disponibilizar outros 123 locais de vacinação, o que vai totalizar 185 postos, 85 fixos e 100 volantes.

A Prefeitura vai colocar o telefone 156 à disposição para informações sobre os locais de vacinação. Os idosos devem levar a carteira de vacinas. Aqueles que ainda não possuem o documento receberão uma caderneta na campanha.

Profissionais de saúde também visitarão, até o final da campanha, pelo menos 73 casas de repouso, asilos e outras que recebem idosos, para vacinar pessoas com dificuldades de andar. No caso dos acamados, os familiares devem solicitar às respectivas equipes de Saúde da Família que a vacina seja feita no próprio domicílio.

Para viabilizar a Campanha, O Ministério da Saúde, através da Secretaria de Estado da Saúde, vai enviar a Campinas 130 mil doses da vacina contra a gripe, 6 mil contra pneumonia e 5 mil da dupla adulto.

De acordo com a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), está provado que nos mais velhos a vacina contra a gripe reduz significativamente o número de complicações pulmonares, hospitalizações e mortes. O custo-benefício da vacinação anual das populações com mais de 60 anos tem se mostrado favorável em diversos estudos epidemiológicos.

“A pessoa vacinada corre menos risco de desenvolver quadros graves de gripe, que requerem internação hospitalar e podem evoluir para pneumonia e outras complicações que levam à morte”, diz Carmo Ferreira.

Segundo ela, os maiores de 60 anos são mais vulneráveis a esses quadros graves e é por isso que o Ministério da Saúde realiza, desde 1999, campanhas anuais de vacinação dirigidas aos idosos. Em Campinas, a campanha foi instituída em 1998.

“O Brasil é um dos poucos países que têm oferecido gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos. Países do mesmo nível socioeconômico que o nosso não conseguem implementar esse sistema”, informa Carmo Ferreira. “Essa campanha é um dos maiores trunfos do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz a sanitarista.

Além do Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos, México e Uruguai são os países americanos que promovem a vacinação anual de idosos contra o vírus influenza.

Denize Assis

 

Saiba mais:

Gripe e resfriado não são a mesma coisa
A gripe é uma doença muito contagiosa, causada pelo vírus influenza e transmitida de pessoa a pessoa pelo ar. Em geral, a gripe provoca febre alta, dor de garganta, tosse, dores no corpo e na cabeça, fraqueza, mal-estar, e pode evoluir para doenças mais graves, como pneumonia. Já o resfriado é causado por diferentes vírus. Seus sintomas são parecidos e podem ser confundidos com os da gripe. Porém, sintomas do resfriado são mais fracos e de curta duração. Normalmente, o resfriado provoca coriza, dor de garganta leve e, às vezes, febre.

A vacina raramente provoca reação
A vacina nunca provoca gripe. Quando alguém fica gripado dias após ter sido vacinado, é porque já estava contaminado pelo vírus da gripe e não houve tempo suficiente para a ação da vacina. Ainda assim, quando isso acontece, os sintomas da gripe são mais fracos. Algumas pessoas podem apresentar dor leve e pequena vermelhidão no local de aplicação. Em raras ocasiões, podem ocorrer febre baixa, mal-estar e dor no corpo, mas esses sintomas desaparecem entre 24 e 48 horas.

A vacina protege também contra outros problemas de saúde
As pessoas portadoras de doenças pulmonares, doenças do coração e dos vasos sanguíneos são ainda mais beneficiadas, pois a vacina diminui as complicações e o número de mortes provocadas por estas doenças.

Todos os homens e mulheres com 60 anos ou mais devem tomar a vacina
Principalmente aqueles que são cardíacos, asmáticos, diabéticos, hipertensos, que têm insuficiência renal ou hepática, portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus HIV ou com outro estado associado a baixa imunidade devem tomar a vacina contra a gripe.

A vacina faz efeito após duas semanas
A proteção oferecida pela vacina tem efeito após duas semanas da aplicação. Por isso, é importante que todas as pessoas com 60 anos ou mais recebam logo a sua dose. Todos devem procurar as equipes da vacinação, mesmo que já tenham tomado a vacina no ano anterior.

Quem não pode tomar a vacina
Pessoas que já tenham apresentado reação alérgica grave à dose anterior da vacina e a proteínas do ovo não devem receber a vacina. Também não devem tomá-la os portadores de doenças neurológicas em fase aguda comprovada: meningite, encefalite, surto de esclerose múltipla, derrame cerebral, traumatismo craniano e pós-operatório de tumores.

Fonte: Ministério da Saúde

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