A
Secretaria de Saúde de Campinas inicia no próximo
dia 23 a Campanha de Vacinação do Idoso. Direcionada
para a população com mais de 60 anos, a campanha
pretende atingir pelo menos 71,7 mil pessoas, número
que representa 70% dos 102.456 campineiros nesta
faixa etária. Em 2006, Campinas atingiu uma
cobertura de 76,2%.
A
campanha é uma estratégia do Ministério da Saúde e
ocorre em todo território nacional até dia 4 de
maio. Também serão aplicadas doses contra difteria e
tétano (dupla adulto) em adultos não vacinados. A
vacina contra pneumonia (anti-pneumocócica) estará
disponível para casos específicos.
As
doses vão estar disponíveis nas 62 unidades básicas
de saúde espalhados em todas as regiões da cidade,
durante o horário habitual de funcionamento de cada
serviço. No sábado, 28 de abril, dia da mobilização
nacional, estas unidades vão atender das 8h às 17h.
Neste dia, além das unidades básicas de saúde, a
Secretaria vai disponibilizar outros 123 locais de
vacinação, o que vai totalizar 185 postos, 85 fixos
e 100 volantes.
A
Prefeitura vai colocar o telefone 156 à disposição
para informações sobre os locais de vacinação. Os
idosos devem levar a carteira de vacinas. Aqueles
que ainda não possuem o documento receberão uma
caderneta na campanha.
Profissionais de saúde também visitarão, até o final
da campanha, pelo menos 73 casas de repouso, asilos
e outras que recebem idosos, para vacinar pessoas
com dificuldades de andar. No caso dos acamados, os
familiares devem solicitar às respectivas equipes de
Saúde da Família que a vacina seja feita no próprio
domicílio.
Para
viabilizar a Campanha, O Ministério da Saúde,
através da Secretaria de Estado da Saúde, vai enviar
a Campinas 130 mil doses da vacina contra a gripe, 6
mil contra pneumonia e 5 mil da dupla adulto.
De
acordo com a enfermeira sanitarista Maria do Carmo
Ferreira, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa),
está provado que nos mais velhos a vacina contra a
gripe reduz significativamente o número de
complicações pulmonares, hospitalizações e mortes. O
custo-benefício da vacinação anual das populações
com mais de 60 anos tem se mostrado favorável em
diversos estudos epidemiológicos.
“A
pessoa vacinada corre menos risco de desenvolver
quadros graves de gripe, que requerem internação
hospitalar e podem evoluir para pneumonia e outras
complicações que levam à morte”, diz Carmo Ferreira.
Segundo ela, os maiores de 60 anos são mais
vulneráveis a esses quadros graves e é por isso que
o Ministério da Saúde realiza, desde 1999, campanhas
anuais de vacinação dirigidas aos idosos. Em
Campinas, a campanha foi instituída em 1998.
“O
Brasil é um dos poucos países que têm oferecido
gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos.
Países do mesmo nível socioeconômico que o nosso não
conseguem implementar esse sistema”, informa Carmo
Ferreira. “Essa campanha é um dos maiores trunfos do
Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz a sanitarista.
Além
do Brasil, Argentina, Canadá, Chile, Cuba, Estados
Unidos, México e Uruguai são os países americanos
que promovem a vacinação anual de idosos contra o
vírus influenza.
Denize
Assis
Saiba mais:
Gripe e resfriado não são a mesma coisa
A
gripe é uma doença muito contagiosa, causada pelo
vírus influenza e transmitida de pessoa a pessoa
pelo ar. Em geral, a gripe provoca febre alta, dor
de garganta, tosse, dores no corpo e na cabeça,
fraqueza, mal-estar, e pode evoluir para doenças
mais graves, como pneumonia. Já o resfriado é
causado por diferentes vírus. Seus sintomas são
parecidos e podem ser confundidos com os da gripe.
Porém, sintomas do resfriado são mais fracos e de
curta duração. Normalmente, o resfriado provoca
coriza, dor de garganta leve e, às vezes, febre.
A
vacina raramente provoca reação
A
vacina nunca provoca gripe. Quando alguém fica
gripado dias após ter sido vacinado, é porque já
estava contaminado pelo vírus da gripe e não houve
tempo suficiente para a ação da vacina. Ainda assim,
quando isso acontece, os sintomas da gripe são mais
fracos. Algumas pessoas podem apresentar dor leve e
pequena vermelhidão no local de aplicação. Em raras
ocasiões, podem ocorrer febre baixa, mal-estar e dor
no corpo, mas esses sintomas desaparecem entre 24 e
48 horas.
A
vacina protege também contra outros problemas de
saúde
As
pessoas portadoras de doenças pulmonares, doenças do
coração e dos vasos sanguíneos são ainda mais
beneficiadas, pois a vacina diminui as complicações
e o número de mortes provocadas por estas doenças.
Todos
os homens e mulheres com 60 anos ou mais devem tomar
a vacina
Principalmente aqueles que são cardíacos, asmáticos,
diabéticos, hipertensos, que têm insuficiência renal
ou hepática, portadores sintomáticos ou
assintomáticos do vírus HIV ou com outro estado
associado a baixa imunidade devem tomar a vacina
contra a gripe.
A
vacina faz efeito após duas semanas
A
proteção oferecida pela vacina tem efeito após duas
semanas da aplicação. Por isso, é importante que
todas as pessoas com 60 anos ou mais recebam logo a
sua dose. Todos devem procurar as equipes da
vacinação, mesmo que já tenham tomado a vacina no
ano anterior.
Quem
não pode tomar a vacina
Pessoas que já tenham apresentado reação alérgica
grave à dose anterior da vacina e a proteínas do ovo
não devem receber a vacina. Também não devem tomá-la
os portadores de doenças neurológicas em fase aguda
comprovada: meningite, encefalite, surto de
esclerose múltipla, derrame cerebral, traumatismo
craniano e pós-operatório de tumores.
Fonte: Ministério da Saúde