A
Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de
Saúde, concluiu nesta sexta-feira, 13 de abril, a
descentralização do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (Samu/192) que mantém sua sede na rua Artur
Ramos, 441, Ponte Preta.
A
medida beneficia diretamente a população porque
agiliza e qualifica o atendimento, já que garante
reduzir o tempo-resposta, ou seja: o intervalo entre
o chamado e a assistência aos casos mais graves e
com risco de morte como acidentes de trânsito com
vítimas, atropelamentos, infartos, fraturas
expostas, derrames, dores no peito, cólicas renais
entre outros. Atualmente o tempo resposta para estas
ocorrências é de no máximo 15 minutos para os casos
mais distantes.
A
descentralização teve início em 2004 com a
instalação de bases em locais estratégicos da cidade
– nas instalações da Guarda Municipal do Jardim
Florence (região noroeste), Dic VI (sudoeste) e
Taquaral (leste) – onde até ontem eram mantidas
durante o dia viaturas básicas e de suporte
avançado.
A
partir de hoje, com a conclusão da descentralização,
estas bases passam a funcionar também durante a
noite. Além disso, também foram concluídas nesta
sexta-feira as instalações da parte de telefonia e
rádio-operação do Samu na Central de Monitoramento
de Campinas (Cimcamp).
A
descentralização atende a reivindicação da
população, servidores e gestores do Sistema Único de
Saúde (SUS), formalizada na 6a Conferência Municipal
de Saúde.
O
médico emergencista Joaquim José de Oliveira Filho,
coordenador da área de urgência da Secretaria
Municipal de Saúde, informa que, além das bases
estarem mais próximas aos chamados, a conclusão da
mudança para a Cimcamp permite uma visão ampliada da
cidade como um todo, com o monitoramento por meio de
câmeras tornando o percurso mais acessível para o
atendimento às ocorrências.
“A
descentralização permite que Campinas melhore e
amplie ainda mais a assistência prestada à população
nos casos de urgência, com um atendimento mais
rápido e qualificado. Também permite consolidar a
política de atenção às urgências e fortalecer o
Sistema Único de Saúde (SUS) do município”, diz
Oliveira Filho.
Segundo o coordenador do Samu/Campinas, o médico
emergencista José Roberto Hansen, a descentralização
representa um grande avanço, um ganho para a
população, com a diminuição do tempo-resposta. Além
do que, a presença junto à Cimcamp permite
visualizar acidentes e outras situações de urgência
o que, além de auxiliar na resposta rápida do
atendimento, viabiliza o apoio dos outros órgãos de
segurança pública, como Guarda Municipal, Defesa
Civil, Emdec e Setec.
“Este
tipo de trabalho, em parceria com órgãos de
segurança e assistência, é uma ação pioneira no
Brasil. Já existem centrais de monitoramento por
câmera em outras cidades brasileiras, mas integrando
apenas órgãos de segurança. A integração destes
serviços num mesmo local ainda otimiza o espaço e
diminui o custo financeiro, melhorando o resultado
operacional”, diz Hansen.
Saiba mais.
Criado em junho
de 96, o Samu/192 cobre hoje 100% da população de
Campinas em situações de urgência e emergência. O
serviço é um dos componentes da Política Nacional de
Urgências, do Ministério da Saúde, e tem como um dos
principais resultados a redução do número de mortes
em acidentes graves e das seqüelas em conseqüência
da falta do socorro precoce.
O Samu/192 presta atendimento de urgência e
emergência no local do acidente ou onde o cidadão
com algum agravo de saúde se encontra e, se
necessário, após estabilizar a vítima, transporta-a
para um serviço médico. A unidade atende às
urgências de natureza traumática, clínica,
pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e
psiquiátrica.
O atendimento rápido
evita uma série de complicações que o paciente
geralmente apresenta pela falta de socorro e que, na
maioria dos casos, leva à morte. “Salvamos vidas e
atendemos a população com qualidade”, afirma Hansen.
Segundo o coordenador, o serviço atende a uma média
de 7 mil chamados por mês. Atualmente a frota do
Samu/192 Campinas é composta por 12 ambulâncias de
Suporte Básico de Vida e 3 UTIs ou Suporte Avançado
de Vida. Para acionar o Samu basta um telefonema
gratuito para o número 192.
Além
do benefício direto para quem precisa ser atendido
às pressas, o Samu Campinas gerencia o Serviço de
Atendimento a Pacientes Crônicos (SAEC) e realiza
2,5 mil transportes/mês de pacientes crônicos que,
sem recursos próprios, carecem de ser transportados
para serviços de hemodiálise, fisioterapia,
radioterapia e quimioterapia. O telefone do SAEC é
0800-7710192.
Denize
Assis