Campinas realiza até o próximo sábado, 28 de abril,
no auditório do Centro Profissionalizante Antônio da
Costa Santos (Ceprocamp), a V Semana de Prevenção ao
Acidente de Trabalho. O encontro, que tem como tema
O custo do crescimento econômico não pode ser a
vida do trabalhador, marca o Dia Internacional
em Memórias às Vítimas de Acidente de Trabalho,
celebrado em 28 de abril.
A
programação da semana inclui discussão sobre os
seguintes temas: PAC e política nacional de saúde e
segurança do trabalhador – informalidade, situação
sócio-técnica dos empreendimentos solidários da
cadeia do lixo, trabalhadores de teleatendimento;
Mudanças no mundo do trabalho e saúde do
trabalhador; Vida e morte no trabalho; crescimento
econômico e saúde e segurança no trabalho; mídia e
saúde e segurança no trabalho.
As
atividades da Semana Mundial da Segurança Viária,
desenvolvidas hoje em Campinas, no Largo do Rosário
(centro), também integram a Semana de Prevenção ao
Acidente de Trabalho.
Segundo o Centro de Referência em Saúde do
Trabalhador (CRST) de Campinas, o objetivo da Semana
é promover a conscientização de empregadores e
empregados sobre os possíveis riscos nos locais de
trabalho, bem como discutir a importância de serem
criadas formas de trabalho que não coloquem em risco
a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
A V
Semana de Prevenção ao Acidente de Trabalho foi
organizada pela Secretaria Municipal de Saúde, por
meio do CRST, Emdec, Fundação Jorge Duprat
Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro),
Sindicato dos Químicos, Sindicato dos Trabalhadores
da Unicamp, Cipa Unicamp, Apeoesp e vereador Ângelo
Barreto, autor da lei 11.155/2002, que instituiu a
Semana de Prevenção.
Estatísticas. Estudo do Banco Inter-Americano de
Desenvolvimento para a América Latina aponta que
ocorrem entre 20 a 27 milhões de acidentes de
trabalho anualmente na região (América Latina).
Deste total, 90 mil são fatais. Isto significa que
acontecem entre 40 a 50 acidentes por minuto nos
ambientes de trabalho e que 250 pessoas morrem por
dia nestes locais.
No
mundo, segundo a Organização Internacional do
Trabalho (OIT), morrem entre 1,9 e 2,3 milhões de
trabalhadores por acidentes de trabalho, por ano,
sendo que 12 mil são crianças.
Os
dados publicados em dezembro de 2006 em um artigo do
International Journal of Occupational Health mostram
que, em decorrência destes números alarmantes, os
países da América Latina e Caribe chegam a gastar em
média 10% do Produto Interno Bruto (PIB) com os
acidentes de trabalho.
Brasil. No Brasil, em 2002, apontava-se para uma
estimativa de R$32 bilhões de recursos perdidos em
agravos decorrentes dos acidentes de trabalho. Em
2004, foram registrados no país 458.956 casos de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Mais
grave ainda são os números de mortes: 2.616
trabalhadores morreram em 2004, o que equivale a
cerca de 7 mortes por dia.
Pesquisa do Ministério da Saúde indica que no
Brasil, entre 1999 e 2003, foram registrados
1.875.190 acidentes de trabalho, dos quais 15.293
resultaram em morte e 72.020 em incapacidade
permanente.
Dia
Internacional. O Dia Internacional em Memória às
Vítimas de Acidente de Trabalho, em 28 de abril, foi
escolhido em memória aos 78 mineiros que morreram na
explosão da mina de Farmington, nos Estados Unidos,
em 28 de abril de 1969. Vários países incorporaram a
data no calendário nacional, inclusive o Brasil.
Denize
Assis