Dengue: Parceria entre Saúde e Educação garante reforço nas ações de prevenção e combate

29/04/2008

Autor: Denize Assis

Na guerra contra o mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura de Campinas reuniu nesta segunda-feira, dia 28 de abril, de manhã, no Salão Vermelho do Paço Municipal, mais de 150 diretoras de escolas para discutir ações de educação, informação e mobilização social na rede pública municipal de Educação.

O encontro estabeleceu de forma mais organizada a parceria entre as Secretarias de Saúde e de Educação e garantiu reforço nas ações de prevenção e controle da dengue na cidade. A atividade integra as estratégias implementadas pelo Governo Municipal – neste caso a intersetorialidade - que resultaram na redução de mais de 95% nos casos de dengue este ano em relação ao mesmo período de 2007. São 139 casos de dengue em 2008. No ano passado, em janeiro, fevereiro, março e abril, foram mais de 6.926 mil.

“O trabalho intersetorial, em especial com a educação, é fundamental na ofensiva contra a dengue, tanto na construção de materiais pedagógicos, quanto no envolvimento da comunidade como um todo e na conscientização das crianças e adolescentes sobre a importância de medidas para o controle do mosquito, como não deixar água acumulada em pneus e outros objetos”, disse Maria Filomena de Gouveia Vilela, diretora municipal da Vigilância em Saúde, na abertura da reunião.

A Secretaria Municipal de Educação tem 200 escolas e atende a cerca de 60 mil alunos da educação infantil e do ensino fundamental.

O encontro abordou a situação epidemiológica da dengue, ciclo do mosquito, vírus causador da doença, sintomas, determinantes ambientais, prevenção e combate. As diretoras receberam um CD com materiais que podem ser utilizados nas escolas, como jingles, filmes, cartazes, folhetos e outros, e puderam tirar dúvidas.

“No combate à dengue, as ações intersetoriais e o processo educativo permanente são fundamentais e a educação é nossa maior parceira neste sentido”, disse a médica veterinária Andréa Von Zuben, coordenadora do Programa Municipal de Dengue, durante palestra para as diretoras.

Após a fala de Andréa, a psicóloga Fernanda Borges, coordenadora das ações de educação em saúde da Vigilância em Saúde de Campinas, informou sobre criadouros mais comuns nos domicílios e no ambiente escolar e ressaltou a importância de se manter o espaço da escola livre da dengue.

O diretor pedagógico da Secretaria de Educação, Márcio Rogério Silveira de Andrade, afirmou que o objetivo principal do encontro foi preparar os diretores para que eles possam trabalhar com as crianças no sentido de que não somente os alunos conheçam a dengue, mas que eles se tornem multiplicadores nas suas casas, nos seus espaços na comunidade. “As formas de trabalhar são muitas, por meio de redações, jogos, gincanas entre outras. Este é o sentido da mobilização que, para ter sucesso, depende agora de cada um de nós”, disse.

A diretora Simone Pinto da Silva, da Cimei Presidente Artur Bernardes, instalada na Vila Costa e Silva, disse que a reunião foi muito importante. “Combater a dengue é responsabilidade de todos. Esta reunião foi um primeiro passo no sentido de formar professores, alunos e seus familiares”, disse. Simone contou que teve dengue em 2007 e que passou a se preocupar muito mais com a doença depois de ter adoecido.

Como primeiro resultado da reunião com os diretores, a Comissão de Endemias e Epidemias da Prefeitura vai organizar um mutirão de arrastão de criadouros nas escolas municipais, que será feito priorizando as instituições de acordo com as condições dos prédios e as áreas de transmissão da doença.

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