Covisa orienta profissionais de escola sobre meningite

07/04/2009

Autor: Cláudia Xavier

Técnicos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e do Distrito Sul de Saúde reuniram-se na manhã desta segunda-feira, dia 6 de abril, com professores e diretores de uma escola estadual localizada na região Sul da cidade, para dar orientações sobre os cuidados e as formas de transmissão da meningite. A reunião se deu pelo fato de uma aluna da escola, de 17 anos, ter morrido no último sábado, dia 4 de abril, vítima de meningite meningocócica.

Segundo o médico sanitarista da Covisa, André Ricardo Ribas de Freitas, o caso gerou comoção na comunidade e os alunos foram embora, sem assistir às aulas, em homenagem à colega. Ainda de acordo com Freitas, todas as medidas necessárias já foram tomadas, com o bloqueio, por medicamentos, nas pessoas que mantiveram contato mais próximo com a vítima.

A medida de bloqueio foi executada no sábado e no domingo. Segundo ele, do ponto de vista sanitário, não há necessidade de interrupção das aulas.

Ocorrência

Casos de meningite podem ocorrer durante todo o ano, mas são mais comuns durante o inverno, quando as pessoas ficam agrupadas em locais fechados, sem ventilação. A meningite é uma inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal. Pode ser causada por diferentes micróbios como bactérias, vírus e fungos. A doença atinge, em 70% dos casos, crianças menores de cinco anos.

Algumas formas de meningite são contagiosas. As bactérias são transmitidas pela tosse ou espirro do paciente, através de secreções expelidas pelo trato respiratório (nariz e boca). Para que esta transmissão ocorra, há necessidade de contato direto com a pessoa doente. Dentre as bactérias, o meningococo é comum e tem importância pela possibilidade de causar surtos e epidemias e porque causa morte e sequelas.

O meningococo não sobrevive no meio ambiente, fora do corpo humano. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria por meio do contato com essa bactéria, adquirindo resistência à doença.

Sintomas

No início do quadro, a meningite pode não ser de fácil diagnóstico, pois os sintomas podem ser semelhantes aos da gripe. Podem apresentar-se em dois dias, mas às vezes ocorrem em poucas horas. A orientação é que os pais e educadores estejam atentos aos sintomas de meningite, principalmente em casos de crianças menores de cinco anos. Os primeiros sinais são febre alta acompanhada de um ou mais sintomas como náusea, vômito, dor de cabeça e rigidez na nuca.

Em caso de suspeita da doença, deve-se procurar assistência médica imediatamente para que o tratamento ofereça bons resultados. A orientação é que os responsáveis pela criança comuniquem o serviço de saúde pública mais próximo se a criança tiver suspeita de meningite. Nestes casos, o serviço adotará as providências e fará bloqueio nas eventuais indicações.

Se houver confirmação da doença, dependendo do agente infeccioso, o tratamento é feito à base de antibióticos. A hospitalização pode ser necessária em alguns casos. As crianças que tiverem meningite não devem ser evitadas e, após recuperação, podem voltar a frequentar a escola normalmente. O meningococo não sobrevive no ar ou nos objetos. Portanto, não há motivo para fechar escolas ou creches quando ocorrer um caso de meningite entre os alunos.

Volta ao índice de notícias