Saúde promove até quarta-feira, dia 20 de abril, ações contra a dengue em todas as regiões de Campinas

18/04/2011

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio das Vigilâncias em Saúde, dos Centros de Saúde (CSs) e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), promove até a próxima quarta-feira, dia 20 de abril, uma série de ações de prevenção e controle da dengue em todas as regiões da cidade. Nesta segunda-feira, dia 18, equipes realizaram nebulização no Jardim Novo Campos Elíseos, na divisa entre as regiões noroeste e sudoeste da cidade.

Amanhã, terça-feira, dia 19, acontece arrastão contra a doença no Jardim Florence, região noroeste. Técnicos vão passar de casa em casa para orientar as famílias. Os moradores vão poder colocar nas calçadas todo material que não tenha mais utilidade e que possa acumular água e, desta forma, se transformar em criadouro.

Também na região noroeste, até quarta-feira, 20, serão promovidas atividades em bairros na abrangência dos Centros de Saúde Parque Floresta, Pedro de Aquino, Perseu Leite de Barros e Ipaussurama.

Na região Noroeste, em 2011, foram registrados 244 casos de dengue. O local consiste na área da cidade com a maior incidência da doença.

Norte. Na região Norte, nesta terça-feira, 19, as equipes realizam nebulização numa área que vai do Colégio Dom João Neri até a Avenida Governador Pedro de Toledo. A meta é trabalhar em 460 endereços. Mais de 30 pessoas serão mobilizadas para a atividade.

A nebulização visa interromper a transmissão da doença. Na véspera do bloqueio químico, as equipes que atuam no controle da dengue vão de casa em casa para informar os moradores sobre como preparar a residência para a ação. Além disso, promovem arrastões de criadouros do mosquito, para deixar a área adequada para ser trabalhada e melhorar a eficácia do inseticida.

A região Norte acumula 126 casos de dengue este ano.

Leste. Na quarta-feira, 20, acontece nebulização no Jardim Flamboyant, na abrangência do CS Conceição. Mais de 45 pessoas vão estar envolvidas na atividade. Em torno de 550 imóveis serão trabalhados.

Nesta área, segundo a médica veterinária Tessa Roesler, supervisora de dengue da Visa Leste, as equipes estão preparando a nebulização desde hoje, segunda-feira, 18. A dificuldade, segundo Tessa, é que o local costuma apresentar pendência alta, quando os imóveis não podem ser trabalhados porque as pessoas se recusam a receber as equipe ou porque não há gente em casa. “Isso diminui a eficácia das ações”, afirma.

A região leste registrou este ano 132 casos de dengue.

Sul. Na região sul, a segunda mais afetada pela dengue na cidade, com 199 casos, ocorre nebulização na área do CS Paranapanema. A Vigilância em Saúde Sul, que coordena a ação, vai mobilizar 40 pessoas entre técnicos da Visa e do CCZ. A expectativa é visitar 500 endereços durante a ação. Equipes do CS Paranapanema trabalharam hoje na preparação dos imóveis e orientação das famílias.

No local, há muito entulho descartado de forma inadequada principalmente em terrenos baldios e junto com os resíduos recipientes de plástico, pneus, latas e muitos outros produtos inservíveis que servem de criadouro para o mosquito. A comunidade também apresenta pendência alta. Portanto, o coordenador de dengue da Visa Sul, Daniel Della Libera Rodrigues, solicita que os moradores recebam as equipes.

Também na região sul, esta semana, ocorrem ações de busca ativa de dengue em bairros na abrangência dos CSs Carvalho de Moura, Faria Lima, Vila Ipê, Santa Odila e na região do Campo Belo e Orosimbo Maia.

Situação da doença. Campinas divulgou nesta segunda-feira, dia 18, novo balanço da doença. Os dados apontam que, no acumulado do ano, 867 pessoas adoeceram com dengue. Quatro foram de dengue com complicações e três da forma hemorrágica.

No balanço de 1º de abril, Campinas somava 481 casos de dengue. A diferença em relação ao novo número não significa, no entanto, que as pessoas adoeceram neste período. São casos que tiveram exames processados agora, mas que se referem à segunda quinzena de maio e primeira semana de abril.

O número da doença este ano é menor do que o registrado na mesma época de 2010. Em todo ano passado foram mais de 2,5 mil casos, com dois óbitos.

O médico sanitarista André Ribas Freitas, coordenador do Programa Municipal de Dengue, explica que a epidemia ainda está em curva ascendente este ano. Segundo ele, na série histórica dos últimos anos, abril tem sido sempre o mês com o maior número de casos confirmados da doença. “O município tem adotado todas as medidas de controle e vigilância preconizadas por meio de ações permanentes. Gestores e equipes de saúde estão constantemente mobilizados”, diz André.

Conforme explica, para a população, a orientação é eliminar os criadouros presentes no ambiente doméstico, como pratos de vasos de planta, calhas obstruídas e recipientes como embalagens plásticas e garrafas. Além disso, devem ser adotadas medidas de proteção contra a infestação pelo mosquito Aedes aegypti em locais como caixas d’água, toneis e outros recipientes de armazenagem de água.

“As pessoas devem adotar hábitos para promover um ambiente seguro no que diz respeito aos mosquitos”, diz.

Ao apresentar os primeiros sintomas da doença, como febre, dor de cabeça, dores nas articulações e no fundo dos olhos, deve procurar o serviço de saúde mais próximo. E, fundamental, não se deve tomar remédio por conta própria, pois isso pode mascarar sintomas e dificultar o diagnóstico.

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