Vigilância interdita Clínica de Nefrologia e Diálise de Campinas

01/04/2013

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O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Secretaria de Saúde interditou novamente, às 7h desta segunda-feira, 1º de abril, a Clínica de Nefrologia e Diálise de Campinas, localizada no distrito de Barão Geraldo. A interdição aconteceu em razão de diversos problemas, que vão desde a infraestrutura até a falta de adequação nos prontuários médicos.

Esta é a terceira interdição da clínica desde 2007 e a segunda de 2013. A primeira deste ano aconteceu em 19 de março, mas logo a seguir, no dia 22, a Justiça concedeu uma liminar determinando que o estabelecimento fosse desinterditado.

A Secretaria de Saúde, por meio da Procuradoria do Município, conseguiu, na última quarta-feira, 27 de março, que o juiz reconsiderasse a decisão mediante a apresentação de documentos que comprovavam os problemas apontados pela Vigilância.

O juiz determinou, então, que a interdição fosse realizada em um prazo de 72 horas para que todos os pacientes fossem informados sobre o fechamento do estabelecimento e sobre suas transferências para outros locais de tratamento. Os pacientes foram comunicados e, a partir desta segunda-feira, já estão recebendo tratamento em outras unidades.

A reabertura do espaço depende de a clínica executar as adequações necessárias que foram determinadas pela Vigilância em Saúde de Campinas e, a partir daí, solicitar uma nova inspeção.

Fiscalização

A Clínica de Nefrologia e Diálise S/C Ltda. é um serviço de diálise privado que atende ao SUS do Município e região, por meio de contrato e/ou convênio firmado com a Secretaria Estadual de Saúde. Esta clínica tem sido avaliada e monitorada pela Vigilância em Saúde municipal há anos, período durante o qual sofreu diversos processos de correção e adequação, inclusive interdições.

Nas últimas inspeções sanitárias, realizadas em fevereiro e março, foram constatadas irregularidades relativas a controle de medicamentos, registros de procedimentos médicos e de enfermagem, identificação da situação sorológica dos pacientes – que indica os resultados de exames -, rotatividade de profissionais e fluxo de materiais. Tais inadequações podem colocar em risco a saúde, a segurança e a qualidade da atenção ao paciente submetido à hemodiálise.

Também foram verificados problemas relativos à limpeza, manutenção e conservação predial e de equipamentos.

Além disso, durante as inspeções, as autoridades sanitárias foram abordadas, em vários momentos, por pacientes que relatavam a suspensão do tratamento ou diminuição do tempo da sessão devido à quebra de máquinas e à insuficiência de atendimento médico - quando há atendimento apenas do pessoal de enfermagem.

A interdição e as providências em relação aos pacientes foram comunicadas à Associação dos Pacientes Renais Crônicos de Campinas.

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