Rede Hospitalar se capacita para tratar pacientes com Dengue

11/04/2013

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O Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), da Secretaria de Saúde de Campinas, promove nesta quinta-feira, 11 de abril, na sede do Sindicato dos Médicos, uma reunião com diretores clínicos de hospitais de Campinas e representantes das comissões de infecção hospitalar de cada unidade. O encontro acontece das 14h às 15h30. O Sindicato dos Médicos de Campinas e Região fica na Rua Luís Gama 1.355, no Castelo.

O encontro tem o objetivo de sensibilizar os profissionais em relação à assistência e monitoramento dos pacientes com dengue, o que propicia a identificação e tratamento precoces dos casos graves e evita complicações e mortes causadas pela doença. No município, este ano, foram confirmados 932 casos de pessoas com a doença, inclusive houve registros com complicações e da forma hemorrágica. Não houve mortes em decorrência da doença.

De acordo com o médico epidemiologista da Vigilância Epidemiológica Municipal, André Ribas Freitas, o evento é aberto a todos os profissionais de Campinas envolvidos na assistência a pacientes com dengue. “Perto de trinta por cento dos casos são diagnosticados em hospitais. Em geral, estes são os casos mais graves. Isso acontece em razão do perfil da unidade, que tem essa característica, de acolher casos com gravidade”, explica.

O epidemiologista reforça que é importante que os hospitais estejam sensibilizados e preparados para o diagnóstico e o acompanhamento precoces dos pacientes. “A dengue começa estável, mas, se não for acompanhada corretamente, pode evoluir para um quadro mais grave. Os médicos e serviços de saúde devem acompanhar a pressão arterial, a hidratação e o hemograma dos pacientes”, comenta.

Segundo André, a participação dos hospitais, inclusive dos particulares, é muito importante para manter fortalecida a rede de diagnóstico e assistência. “Os hospitais públicos estão mais acostumados a lidar com a dengue, pois têm um volume maior de pacientes que apresentam a doença”, justifica.

A dengue atinge Campinas desde 1996. A doença é causada por quatro tipos de vírus diferentes – DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4. A pessoa que contrai um dos sorotipos fica imune àquela cepa, mas pode adoecer novamente por outro sorogrupo. “E, ao se reinfectar, aumenta o risco de a doença se manifestar de forma mais grave”, explica o epidemiologista. Em 2013, já foram isolados no município os sorotipos 1 e 4. Mas o município já registrou, em outros anos, a circulação dos sorotipos 2 e 3.

Além das ações para o reforço da rede de assistência, o Devisa tem feito a vigilância de todos hemogramas colhidos nas unidades da rede pública de saúde, para verificar a possibilidade de alterações e convocar casos que podem evoluir para formas graves. Pacientes estão sendo convocados em casa. Para combater o mosquito transmissor da dengue, a Prefeitura tem mantido ações de limpeza e organização em todas as regiões da cidade, com foco nas áreas com transmissão.

Sinais

Os sintomas da dengue são febre, acompanhada de pelo menos mais dois sintomas, como dores de cabeça, mal estar, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores articulares e cansaço. Pacientes com estes sintomas devem procurar rapidamente a unidade de saúde mais próxima para avaliação, diagnóstico e acompanhamento. O tratamento da dengue requer repouso e a ingestão de muito líquido

No tratamento também são usados, quando necessários, soro endovenoso e medicamentos antitérmicos recomendados pelo serviço de saúde.

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