Por
enquanto, casos estão concentrados na região Sudoeste.
Entretanto,
Vigilância Epidemiológica do município investiga possíveis
ocorrências em escolas do Centro e da região Noroeste
A
Prefeitura de Campinas investiga a extensão do surto de caxumba
notificado, inicialmente, na área do Centro de Saúde Vista
Alegre, na região Sudoeste do município nas escolas
residencial São José e Benevunto Torres.
Para
evitar o aparecimento de novos casos da doença, a Secretaria de
Saúde iniciou, na última sexta-feira (24 de maio), vacinação
indiscriminada – independente da pessoa ter tomado doses
anteriormente – direcionada para aqueles que tiveram contato
(comunicantes) com as pessoas infectadas – familiares, alunos
e funcionários das duas escolas.
Nesta
segunda-feira, a vacinação ocorre nos períodos da manhã,
tarde e noite naquelas escolas. Também estão sendo aplicadas
doses nos comunicantes nos centros de saúde União dos Bairros
e Vista Alegre.
Até
o momento, foram registrados 28 casos de caxumba. Quinze deles são
alunos das duas escolas citadas acima, com idade entre 10 e 14
anos, que moram nos bairros Parque Universitário, Vista Alegre,
São José, União Vitória, Vida Nova, Vila Vitória, Mauro
Marcondes e no sítio São Sebastião.
A
Vigilância Epidemiológica aguarda resultado de sorologia e
exames de isolamento de vírus que vão confirmar se a doença
é mesmo caxumba, já que existem também outros agentes que
podem causar doenças com sintomas semelhantes. Os exames estão
sendo realizados pelo Instituto Adolfo Lutz.
Saiba
mais sobre a caxumba
A caxumba é
uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus que é
transmitido pelo contato direto com a pessoa infectada. Tem
curso benigno, portanto, na maioria dos casos, evolui num curto
espaço de dias para a cura e a letalidade é muito baixa. Os
sintomas iniciais são febre baixa, mal-estar, dores musculares,
dores articulares e dor de garganta.
A caxumba
acomete principalmente crianças em idade escolar, de 5 a 15
anos, sem distinção de sexo. Geralmente ocorre mais no inverno
e início da primavera. A tendência é que a doença se
manifeste sob a forma epidêmica em escolas e instituições que
agrupam jovens e adultos.
A
caxumba, isoladamente, não é doença de notificação obrigatória.
No entanto, a ocorrência de surtos e epidemias deve ser
registrada e acompanhada, para que se conheça melhor o
comportamento da doença.