Prefeitura já vacinou perto de 2 mil pessoas que tiveram contato com casos de caxumba

29/05/2002

Secretaria de Saúde ainda investiga possíveis ocorrências em escolas do Centro e da região Noroeste

Para evitar casos de caxumba, a Prefeitura de Campinas aplicou, até a última terça-feira (28 de maio), 1.772 doses da vacina que protege contra a doença. Do total, 1.590 foram aplicadas em crianças.

A vacinação é indiscriminada – independente da pessoa ter sido vacinada anteriormente – e direcionada para aqueles que tiveram contato com pessoas acometidas pela caxumba.

Por enquanto, todos os 60 casos confirmados clinicamente – pelos sintomas clínicos – são da região Sudoeste de Campinas, a maior parte em moradores da área de abrangência dos centros de saúde Vista Alegre e União dos Bairros. A maioria das ocorrências está concentrada em alunos das escolas Residencial São José, Benevenuto Torres e Rosentina.

Além da vacinação, a Secretaria de Saúde de Campinas está fazendo busca ativa de casos e dando prosseguimento a investigação dos pacientes já confirmados.

A Secretaria ainda divulgou comunicado a todos os médicos da rede para que eles fiquem atentos aos sintomas da doença e acompanhem a evolução de casos. O surto também foi comunicado à Secretaria de Estado da Saúde, representada em Campinas pela Dir 12 (Direção Regional de Saúde), e às secretarias de Educação de Campinas e do Estado.

As escolas da região Sudoeste também estão orientadas sobre como proceder se forem detectados suspeitos de caxumba em seus quadros de alunos.

Saiba mais sobre a caxumba:

A caxumba é uma doença infecciosa aguda, causada por um vírus que é transmitido pelo contato direto com a pessoa infectada. Tem curso benigno, portanto, na maioria dos casos, evolui num curto espaço de dias para a cura e a letalidade é muito baixa. Os sintomas iniciais são febre baixa, mal-estar, dores musculares, dores articulares e dor de garganta.

A caxumba acomete principalmente crianças em idade escolar, de 5 a 15 anos, sem distinção de sexo. Geralmente ocorre mais no inverno e início da primavera. A tendência é que a doença se manifeste sob a forma epidêmica em escolas e instituições que agrupam jovens e adultos.

A caxumba, isoladamente, não é doença de notificação obrigatória. No entanto, a ocorrência de surtos e epidemias deve ser registrada e acompanhada, para que se conheça melhor o comportamento da doença.

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