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de maio é o Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Em Campinas, os
serviços de saúde mental e o Movimento da Luta Antimanicomial
realizarão eventos com objetivo de protestar contra os maus
tratos ainda cometidos contra doentes mentais em muitos hospícios
existentes no país.
Atualmente
no Brasil existem aproximadamente 260 hospitais psiquiátricos,
funcionando em regime manicomial, atendendo uma população de 55
mil pessoas.
Com
a realização destes eventos, os organizadores acreditam ampliar
a consciência das pessoas sobre a importância dos cuidados
dignos em saúde mental. Para eles, somente o convívio harmonioso
entre os diferentes é que
pode garantir a paz. Além disso pretendem mostrar os modos de
cuidar em saúde mental em Campinas, que respeitam as leis atuais,
a Declaração Universal do Direitos Humanos e o Programa Nacional
de Saúde Mental.
A
cidade oferece serviços de saúde mental considerados referência
pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). A desospitalização psiquiátrica, a criação de serviços
substitutivos, os Centros de Atenção
Psicossocial, os Centros de Convivência e as Moradias
Assistidas, garantiram a conquista do prêmio à cidade de
Campinas, conferido pelo Ministério da Saúde, como experiência
de êxito, em Brasília/DF, no mês de dezembro
de 2001, durante a III Conferência Nacional de Saúde Mental.
O
Serviço de Saúde “Dr. Cândido Ferreira”, desde 1993, é
considerado referência em tratamento de saúde mental no Brasil,
pela OMS. O Cândido Ferreira trabalha em co-gestão com a
Prefeitura Municipal de Campinas, desde 1990.
Esta parceria viabilizou o processo de humanização das formas de
cuidar. Portas foram abertas, grades caíram, foi abolido o uso da
camisa de força e do eletrochoque. Os tratamentos hoje são
feitos em toda cidade, construindo a reinserção social dos usuários.
Hoje
a cidade conta com um rede substitutiva em saúde mental com nove
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), distribuídos na região
norte, sul, leste, sudoeste e central. Os CAPS funcionam em regime
de hospital-dia, e os usuários vão e voltam para os seus lares
no final da tarde. Para o desenvolvimento ao direito ao trabalho
foram criadas 11 oficinas profissionalizantes, que atendem 200
pessoas, que trabalham e recebem atendimento, possibilitando a
reconstrução de suas vidas. Além disso,
para
os usuários que não mais possuem vínculos com as famílias,
foram implementadas "moradias assistidas", em vários
bairros da cidade, devolvendo a cidadania e garantindo a cidadania
a esta parcela da população que foi apartada da sociedade.
Muitas
formas alternativas no campo do tratamento mental são
desenvolvidos na cidade, no campo das artes, como o Atelier de
Artes "Espaço 8"; da comunicação como O programa de rádio
"Maluco Beleza", entre outros.
Programação