Visa faz intervenção em estabelecimento clandestino que criava e abatia suínos

07/05/2004

Denize Assis

A Vigilância em Saúde (Visa) Sudoeste de Campinas realizou das 9h às 16h desta sexta-feira, 7 de maio, intervenção em um estabelecimento clandestino conhecido como Criadouro do João Porquinho na rua Itacuruçá, s/n, no Jardim São Francisco (região Sudoeste), onde eram criados e abatidos porcos e javaporcos (híbridos de porco com javali). A criação destes animais em zona urbana é proibida por lei municipal.

A ação atende determinação judicial e foi promovida em parceria com a Polícia Ambiental, Instituto Brasileiro do Meio ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Durante as atividades, a equipe fez busca e apreensão de animais, apreensão do equipamento de abate e remoção das instalações agropecuárias.

A criação proporcionava muitos incômodos à vizinhança pelo forte odor e pelo risco que o javaporco, por ser uma espécie agressiva, representava para a segurança da comunidade. A Prefeitura recebeu inúmeras queixas de moradores do local, pelo telefone 156. Também houve solicitações da câmara de vereadores para que o problema fosse resolvido.

"Além de estar instalado em lugar proibido, por ser clandestino, o criadouro era mantido sem controle dos órgãos sanitários", informa o médico veterinário Cláudio Castagna, da Visa Sudoeste. Segundo ele, o consumo da carne dos animais criados e abatidos sem controle sanitário oferece riscos para a saúde.

A Visa Sudoeste, desde que recebeu as primeiras denúncias, tomou todas as medidas possíveis para resolver a questão. O proprietário foi notificado e autuado pelas autoridades sanitárias mas não atendeu à solicitação de encerrar as atividades.

Por isso, a Prefeitura de Campinas, por meio Secretaria de Saúde, entrou com ação na Justiça e obteve liminar na qual o juiz da 7a Vara Cível determinou que o infrator colocasse fim às atividades ilícitas. Ele teria que retirar os animais e demolir as instalações irregulares em 48 horas, sob pena da Prefeitura ir até o local e tomar essas providências.

"Como o proprietário não atendeu a determinação judicial, as autoridades municipais, estaduais e federais promoveram a intervenção", informa Cláudio. O proprietário também recebeu multa da Polícia Ambiental por usar indevidamente o local que compreende uma Área de Preservação Permanente (APP), parte de uma área pública e parte de um terreno particular. Ele ainda recebeu multa da Vigilância Sanitária.

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