Denize Assis
As
secretarias de Saúde de Campinas e do Estado de São Paulo
promoveram nesta quinta-feira, dia 13 de maio, o I Seminário
da Campanha de Seguimento e Erradicação do Sarampo no
Hotel Nacional In, em Campinas. O evento foi uma preparação
para a Campanha de Vacinação contra o Sarampo que ocorre
em todo país em 14 de agosto, oportunidade em que acontece
a segunda etapa da vacinação contra a poliomielite, ou
paralisia infantil.
A meta em
Campinas é vacinar, contra o sarampo, todas as crianças de
1 até 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), que
compõem uma população de 63,7 mil segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"A
campanha de seguimento é uma estratégia necessária para
garantir que todas as crianças estejam imunizadas contra o
sarampo. Com o passar do tempo, forma-se uma população de
suscetíveis, ou pessoas que estão vulneráveis à doença.
Como a doença ainda ocorre em vários países do mundo, há
o risco de alguma pessoa infectada chegar ao Brasil e,
assim, desencadear um surto", informa a enfermeira
sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde
(Visa) de Campinas.
Há mais de
30 anos a vacina contra o sarampo está disponível na rede
pública de saúde do Brasil. Ela deve ser aplicada quando a
criança completa o primeiro ano de vida. Segundo Carmo
Ferreira, a população de suscetíveis forma-se porque a
eficácia da vacina é de 95% e, portanto, 5% não
desenvolvem imunidade. Também é preciso considerar que há
falha secundária, quando a criança toma a dose e
desenvolve imunidade mas, com o tempo, esta imunidade cai. A
estas duas situações, somam-se os casos das pessoas que não
tomam a vacina e está constituída a população de suscetíveis.
Segundo a
enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Saúde Coletiva de
Campinas, o sarampo é a doença febril exantemática de
maior freqüência no mundo, com um taxa de mortalidade
importante e de fácil transmissão. "Por isso, para
reduzir o risco de reintrodução do vírus, é preciso, além
de uma boa vigilância e altas coberturas vacinais, manter
homogeneidade, isto é boa cobertura em todos os municípios
e, dentro do município, em todas as regiões", afirma.
Em 97, diz
Brigina, o Estado de São Paulo enfrentou uma epidemia da
doença, com mais de 20 mil casos e 24 óbitos. Todos os
anos, mais de 800 mil crianças adoecem de sarampo no mundo.
A meta da Organização Mundial de Saúde é reduzir o número
de casos para 400 mil em 2007.