Em 2001, com a
implantação do Programa Iluminar – Cuidando das Vítimas de
Violência Sexual, a Prefeitura de Campinas passou a garantir
atendimento integral para todas as mulheres acometidas pela violência
doméstica e sexual na cidade.
Para implantar o
programa, a Secretaria de Saúde montou, utilizando a estrutura
dos próprios serviços de saúde e de outras secretarias
municipais, uma rede de cuidados e estabeleceu um protocolo que
acolhe as vítimas, valoriza a escuta afetiva e competente,
desenvolve a solidariedade operante e cuida da saúde física,
mental e civil dos cidadãos.
Também
inaugurou, no Complexo Ouro Verde, um ambulatório que presta
assistência de emergência para os casos, como atendimento psicológico.
Ainda integram a rede de assistência o Instituto Médico Legal
(IML), o Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism)
e o Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), vinculado à
Secretaria Municipal de Promoção Social, entre outros serviços.
Com a parceria do
Centro de Pesquisas das Doenças Materno-infantis de Campinas (Cemicamp)
e do Caism, a Secretaria de Saúde sensibilizou e capacitou as
equipes dos serviços para acolher e atender as vítimas.
A capacitação
envolveu toda Guarda Municipal, profissionais das escolas
municipais, creches, Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis),
serviços da Secretaria de Promoção Social, funcionários da
Delegacia da Mulher e do IML, além dos trabalhadores dos Centros
de Saúde, dos prontos-socorros municipais e do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A psicóloga
Maria Angélica Fonseca Soares, coordenadora do Ceamo, diz que o
Iluminar proporcionou muitos avanços na assistência às vítimas
e também na prevenção da violência na cidade. "O trabalho
em rede do Iluminar, que une forças para que a mulher seja
atendida de maneira integral e completa e atua também no contexto
familiar e social da vítima, é fundamental porque interrompe a
cadeia da violência", afirma.
O Iluminar já
atendeu, desde que foi implantado, mais de 2 mil pessoas entre
mulheres, homens, crianças e adolescentes. Mais de 70% das vítimas
são mulheres.