A Secretaria
Municipal de Saúde também tem se destacado pelos resultados das
ações de prevenção e assistência ao câncer de mama. De
acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, Campinas é a
cidade brasileira que mais faz diagnóstico precoce do câncer de
mama pelo sistema público.
Quinze por cento
dos diagnósticos da rede pública municipal são feitos no
chamado estágio in situ, quando a cura chega a quase 100%. No
Estado, a média é de 4,5%. Ainda assim, a doença constitui um
desafio, já que é a terceira causa de morte e o principal tipo
de câncer a atingir a população feminina na cidade.
"A
Prefeitura tem investido em diagnóstico precoce do câncer de
mama e com maior ênfase nos últimos três anos", diz o
mastologista Fernando Brandão, um dos responsáveis pelo ambulatório
municipal de mama, localizado na Policlínica II. De acordo com
Brandão, a implantação de um serviço especializado, o número
elevado de mamografias oferecidas à população e as campanhas de
conscientização têm sido fundamentais para o controle da doença.
Em 2003, a
Secretaria de Saúde realizou a 1a Semana Municipal de Saúde da
Mama, com o objetivo de despertar a consciência da população e
das autoridades para a questão deste tipo de câncer. No total,
durante todo ano passado, foram realizadas 2 mil mamografias pela
rede municipal de saúde, que conta com três mamógrafos, um na
Policlínica II, e outros dois aparelhos instalados no Centro de
Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), e no Hospital Celso Pierro, da
Pontifícia Universidade Católica (Puc-Campinas).
O médico Orlando
de Almeida, que também é responsável pelo serviço de
mamografia da Secretaria Municipal de Saúde, afirma que o diagnóstico
precoce é a chance que as equipes de saúde têm de tratar a
pessoa e curá-la do câncer de mama. "Quanto mais cedo o
tumor for tratado, maiores as possibilidades de um resultado
eficaz", diz.
Em Campinas, o
diagnóstico precoce na rede pública é favorecido pela realização
de exame clínico anual das mamas para mulheres com 40 anos ou
mais e mamografia de dois em dois anos para mulheres de 50 a 69
anos. Isso vale para mulheres sem sintomas. Para mulheres com
risco elevado, como as com histórico familiar de câncer da mama
em pelo menos um parente de primeiro grau antes dos 50 anos, o
exame clínico e a mamografia anual é feita a partir dos 35 anos.