Dados da Vigilância
em Saúde de Campinas (Visa) indicam melhoria do índice de
mortalidade do câncer de colo do útero. O índice caiu de 8,85
por 100 mil mulheres, em 2000, para 4,07/100 mil em 2003. No
Brasil, entre as mortes por câncer, o de colo do útero ocupa o
terceiro lugar em incidência e o quarto em mortalidade.
Segundo a médica
ginecologista Sílvia Maria Bergo, da Policlínica II, o exame
preventivo é a única maneira de identificar o câncer de colo de
útero em seu início, quando pode ser tratado e a cura chega aos
100%.
Os resultados
positivos foram alcançados ao longo dos anos pelo fortalecimento
de uma rede competente de diagnóstico e tratamento. Os Centros de
Saúde, por meio do Paidéia Saúde da Família, desenvolvem ações
de conscientização entre pacientes e profissionais de saúde,
disponibilizam exames preventivos como o papanicolau e a
colposcopia e a Secretaria de Saúde ainda capacita e atualiza
profissionais de saúde.
De acordo com Sílvia
Maria Bergo, há três anos, o Ambulatório de Patologia Cervical
e Colposcopia, instalado da Policlínica II, não registra óbito
entre seus pacientes. Somente em 2003, foram realizados 69 mil
exames de citologia oncótica (papanicolau), que detecta
precocemente o câncer de colo uterino. A rede municipal de saúde
conta com 40 colposcópios, mais que o número disponibilizado
pela cidade de São Paulo.
O colposcópio
aumenta o tamanho do colo do útero em até 18 vezes e, desta
maneira, permite detectar alterações e lesões que podem causar
o câncer. "A colposcopia é necessária para toda mulher que
apresenta alguma lesão no colo ou alteração no papanicolau",
informa Sílvia.