Mortalidade por câncer do colo do útero cai

27/05/2004

Dados da Vigilância em Saúde de Campinas (Visa) indicam melhoria do índice de mortalidade do câncer de colo do útero. O índice caiu de 8,85 por 100 mil mulheres, em 2000, para 4,07/100 mil em 2003. No Brasil, entre as mortes por câncer, o de colo do útero ocupa o terceiro lugar em incidência e o quarto em mortalidade.

Segundo a médica ginecologista Sílvia Maria Bergo, da Policlínica II, o exame preventivo é a única maneira de identificar o câncer de colo de útero em seu início, quando pode ser tratado e a cura chega aos 100%.

Os resultados positivos foram alcançados ao longo dos anos pelo fortalecimento de uma rede competente de diagnóstico e tratamento. Os Centros de Saúde, por meio do Paidéia Saúde da Família, desenvolvem ações de conscientização entre pacientes e profissionais de saúde, disponibilizam exames preventivos como o papanicolau e a colposcopia e a Secretaria de Saúde ainda capacita e atualiza profissionais de saúde.

De acordo com Sílvia Maria Bergo, há três anos, o Ambulatório de Patologia Cervical e Colposcopia, instalado da Policlínica II, não registra óbito entre seus pacientes. Somente em 2003, foram realizados 69 mil exames de citologia oncótica (papanicolau), que detecta precocemente o câncer de colo uterino. A rede municipal de saúde conta com 40 colposcópios, mais que o número disponibilizado pela cidade de São Paulo.

O colposcópio aumenta o tamanho do colo do útero em até 18 vezes e, desta maneira, permite detectar alterações e lesões que podem causar o câncer. "A colposcopia é necessária para toda mulher que apresenta alguma lesão no colo ou alteração no papanicolau", informa Sílvia.