Denize
Assis
Amanhã,
sexta-feira, dia 6 de maio, é o último dia para os
maiores de 60 anos tomarem a vacina contra o vírus
influenza, que causa a gripe. As doses vão estar disponíveis
nos 47 centros de saúde e 14 módulos de saúde da família,
no horário de funcionamento de cada unidade. Também será
aplicada a dupla adulto (contra difteria e tétano), em
pessoas não imunizadas. A vacina contra pneumonia
(anti-pneumocócica) estará disponível para casos específicos.
Os idosos devem levar a carteira de vacinas. Aqueles que
ainda não possuem o documento receberão uma caderneta na
campanha.
A meta da
Secretaria de Saúde de Campinas é imunizar 69,8 mil
pessoas, ou 70% da população de idosos na cidade, que é
de 99,8 mil e corresponde a 9% do total de habitantes do
município. Porém, de acordo com a enfermeira sanitarista
Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde (Visa),
há a expectativa de que os números do ano passado,
quando 74% da população idosa foi imunizada, sejam
superados.
"Os
dados parciais já indicam o êxito da campanha que está
sendo realizada pelo sétimo ano consecutivo em
Campinas", afirma Carmo Ferreira. De acordo com
informações da Visa, até ontem, dia 4 de maio, mais de
57,2 mil idosos já haviam se vacinado contra a gripe na
cidade, o que corresponde a 57,3% do total de campineiros
com mais de 60 anos. A meta programada pela Direção
Regional de Saúde (Dir-12) era de atingir 55% de
cobertura vacinal até esta quinta-feira, dia 5. Também
foram aplicadas 4,9 mil doses da dupla adulto e 1,3 mil da
anti-pneumocócica.
O
objetivo da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, que
começou no dia 25 de abril, é proteger essa população
das complicações da gripe e de outras doenças preveníveis
por vacinas, uma vez que esta faixa etária é mais vulnerável
às enfermidades.
Estimativas
de estudos internacionais indicam que a vacina contra a
gripe provoca redução da mortalidade em até 50% entre a
população idosa. Além disso, constam nos resultados
desses estudos a redução de 19% do risco de hospitalização
por doença cardíaca e em até 23% do risco de doenças
cerebrovasculares.
Gripe.
A influenza ou gripe é uma doença infecciosa aguda do
sistema respiratório, que pode ser provocada por um dos
três tipos do vírus Influenza, denominados A, B ou C. Além
dos seres humanos, este vírus também pode ser encontrado
em outras espécies animais, tais como aves, porcos, eqüinos
etc. Os dois primeiros tipos - e em particular os vírus
influenza A -, devido a pequenas mutações periódicas na
estrutura do seu genoma, têm a capacidade de gerar novas
cepas que vão produzir novos casos de doença na população.
Este fenômeno
é o que explica a ocorrência de surtos ou epidemias
anuais da doença, justificando a vacinação anual das
pessoas sujeitas ao maior risco de complicações e óbitos
pela doença, tal como vem sendo feito em Campinas há
mais de sete anos e no Brasil como um todo há mais de
seis anos.
Sintomas.
A forma e a gravidade da gripe variam muito. Seus
principais sintomas são febre, calafrios e mal-estar
generalizado, freqüentes nos primeiros dias. A rinite e a
faringite também podem ocorrer. Quando os sintomas
iniciais diminuem, aparecem problemas respiratórios, como
dor de garganta, tosse seca, coriza e congestão nasal.
A gripe
é curada espontaneamente em cerca de uma semana. Os
pacientes idosos mantêm, em geral, a infecção por
semanas e podem apresentar complicações. As mais freqüentes
são a pneumonia bacteriana, a pneumonia viral primária e
o agravamento de doenças crônicas pré-existentes. A
gravidade aumenta com a idade.