Capacitação prepara equipe do 156 para atender ligações relacionadas a violência doméstica e sexual

09/05/2005

Denize Assis

A Prefeitura de Campinas, por meio do Programa Iluminar, capacitou nos dias 3 e 5 de maio a equipe de 25 profissionais que atua no serviço 156 para atender e encaminhar solicitações de pessoas acometidas pela violência doméstica e sexual na cidade. A equipe foi sensibilizada para identificar os casos e orientá-los sobre como buscar o primeiro atendimento na rede do Iluminar que inclui todos os serviços públicos municipais de saúde, de educação, de assistência social, Guarda Municipal, Conselho Tutelar, IML e outros.

"O treinamento ampliou muito o horizonte do trabalho do 156. Primeiro porque mostrou a realidade deste tipo de violência e, depois, porque nos incluiu em uma rede que, além de acolher as vítimas, atua no enfrentamento do problema", diz Ângela Maria Nogueira de Menezes, coordenadora do serviço 156.

O Iluminar é o programa da Prefeitura de Campinas que cuida de mulheres e homens, sejam eles adultos, crianças ou adolescentes até 16 anos, vítimas da violência doméstica e sexual. Mantido pela Prefeitura desde 2001, o programa estabeleceu a rede e um fluxo de atendimento da seguinte maneira: ao ser recebido em uma unidade de saúde, escola, Conselho Tutelar ou em qualquer Centro de Referência, a vítima é acolhida e orientada, a queixa é identificada e o paciente é imediatamente encaminhado para atendimento médico e assistência psicológica.

No caso de mulheres, o atendimento inclui anticoncepção de emergência. Em todos os casos é feita a imunização contra hepatite e aplicação do coquetel contra o vírus HIV. A vítima também é orientada para fazer Boletim de Ocorrência e a agendar exame de corpo de delito. Após o atendimento, o caso é notificado aos serviços de saúde.

Além do 156, o Iluminar já capacitou toda a Guarda Municipal, os profissionais das escolas municipais, creches e Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis), os serviços da Secretaria de Promoção Social, funcionários da Delegacia da Mulher e do (Instituto Médico Legal) IML, além dos trabalhadores dos Prontos-Socorros municipais e do Serviço Municipal de Atendimento Médico de Urgência (Samu) para acolher os cidadãos vítimas da violência sexual.

Assistência. Todo cidadão que sofrer violência sexual deve procurar um serviço de saúde antes de 72 horas. Segundo informa a Secretaria Municipal de Saúde, quanto mais cedo as vítimas procurarem assistência, mais rápido o trauma físico pode ser diminuído por meio da prevenção de doenças sexuais e, no caso das mulheres, de uma gravidez por estupro.

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