Denize
Assis
A
Prefeitura de Campinas, por meio do Programa Iluminar,
capacitou nos dias 3 e 5 de maio a equipe de 25
profissionais que atua no serviço 156 para atender e
encaminhar solicitações de pessoas acometidas pela violência
doméstica e sexual na cidade. A equipe foi sensibilizada
para identificar os casos e orientá-los sobre como buscar
o primeiro atendimento na rede do Iluminar que inclui
todos os serviços públicos municipais de saúde, de
educação, de assistência social, Guarda Municipal,
Conselho Tutelar, IML e outros.
"O
treinamento ampliou muito o horizonte do trabalho do 156.
Primeiro porque mostrou a realidade deste tipo de violência
e, depois, porque nos incluiu em uma rede que, além de
acolher as vítimas, atua no enfrentamento do
problema", diz Ângela Maria Nogueira de Menezes,
coordenadora do serviço 156.
O
Iluminar é o programa da Prefeitura de Campinas que cuida
de mulheres e homens, sejam eles adultos, crianças ou
adolescentes até 16 anos, vítimas da violência doméstica
e sexual. Mantido pela Prefeitura desde 2001, o programa
estabeleceu a rede e um fluxo de atendimento da seguinte
maneira: ao ser recebido em uma unidade de saúde, escola,
Conselho Tutelar ou em qualquer Centro de Referência, a vítima
é acolhida e orientada, a queixa é identificada e o
paciente é imediatamente encaminhado para atendimento médico
e assistência psicológica.
No caso
de mulheres, o atendimento inclui anticoncepção de emergência.
Em todos os casos é feita a imunização contra hepatite
e aplicação do coquetel contra o vírus HIV. A vítima
também é orientada para fazer Boletim de Ocorrência e a
agendar exame de corpo de delito. Após o atendimento, o
caso é notificado aos serviços de saúde.
Além do
156, o Iluminar já capacitou toda a Guarda Municipal, os
profissionais das escolas municipais, creches e Escolas
Municipais de Educação Infantil (Emeis), os serviços da
Secretaria de Promoção Social, funcionários da
Delegacia da Mulher e do (Instituto Médico Legal) IML, além
dos trabalhadores dos Prontos-Socorros municipais e do
Serviço Municipal de Atendimento Médico de Urgência (Samu)
para acolher os cidadãos vítimas da violência sexual.
Assistência.
Todo
cidadão que sofrer violência sexual deve procurar um
serviço de saúde antes de 72 horas. Segundo informa a
Secretaria Municipal de Saúde, quanto mais cedo as vítimas
procurarem assistência, mais rápido o trauma físico
pode ser diminuído por meio da prevenção de doenças
sexuais e, no caso das mulheres, de uma gravidez por
estupro.