Prefeitura reforça combate à dengue no Jardim Rosália

23/05/2005

Intensificação das ações
também contempla
área do São Marcos

A Prefeitura de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde Norte, da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu no último sábado, 21 de maio, uma grande operação de combate à dengue no Jardim Rosália, abrangência do Centro de Saúde (CS) Anchieta, Região Norte da cidade. O trabalho, que integra a intensificação das ações de controle da doença no município, teve como alvo 14 quarteirões no entorno de uma quadra onde foram confirmados, nos últimos 30 dias, três casos autóctones – com transmissão na própria comunidade – de dengue.

Durante as atividades, uma equipe composta por 17 profissionais entre agentes comunitários de saúde, supervisor de controle ambiental, coordenador do CS Anchieta e funcionários da Ecocamp visitou aproximadamente 500 residências em busca de casos suspeitos da doença – ação chamada tecnicamente de busca ativa. A população foi informada sobre sintomas e maneiras de prevenir a dengue e sobre quando procurar o serviço de saúde.

Os profissionais de saúde também atuaram no combate ao vetor, o Aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus da dengue. Mais de uma tonelada de criadouros do mosquito – recipientes que podem acumular água – foi removida, caixas d´água foram verificadas e cadastradas para serem teladas e os moradores receberam orientação para incorporar, nas suas ações diárias, o hábito de manter seus quintais limpos e livres de qualquer recipiente que possa acumular água.

Segundo o supervisor de controle ambiental Nilton Santos Menezes, da Visa Norte, foram reforçadas orientações para os cuidados com as caixas d´água. "Nesta época de seca, o mosquito migra para onde há água em abundância. Então, é necessário manter todo cuidado com recipientes para armazenagem de água, que precisam estar bem vedados, sem frestas ou vazamentos", diz o supervisor.

Nilton informa que o trabalho na comunidade, que inclui vigilância epidemiológica, combate ao vetor, ações de educação em saúde, comunicação e mobilização social, foram reforçados e estão sendo mantidos na comunidade desde meados de abril. As atividades são acompanhadas e avaliadas. "Escolhemos este sábado para retornar à residências porque nos trabalhos anteriores havíamos verificado uma pendência alta, de até 43%, quando o morador não encontra-se ou recusa-se a receber a equipe. Portanto, escolhemos o sábado que é quando as famílias costumam estar em casa", diz.

São Marcos. Também na Região Norte, na última quarta-feira, 18 de maio, a Prefeitura promoveu trabalhos de combate à dengue na área do Jardim São Marcos. A ação ocorreu em oito quarteirões do bairro, após a confirmação de um caso autóctone de dengue. Mais de 450 domicílios foram visitados, dezenas de caixas d´água passaram por vistoria e 720 quilos de materiais que podem servir de criadouros além de 200 pneus foram removidos.

"A área tem muita disponibilidade, a céu aberto, de material de construção, principalmente louça sanitária descartada, além de garrafas pet e pneus. Colhemos oito amostras de larvas do mosquito para identificar a espécie, que pode tratar-se do Aedes aegypti. Pontos de alto risco, como ferros-velhos e borracharias foram trabalhados em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses", diz Roberto Ribeiro de Souza, supervisor de controle ambiental da Visa Norte.

A Secretaria de Saúde de Campinas informa que a intensificação das ações de controle da dengue prosseguem, em toda cidade, nesta semana e enquanto durar a transmissão com enfoque para os locais onde estão sendo registrados casos autóctones, entre os quais as áreas do Jardim Rosália e do São Marcos. Nos dois bairros, ainda há casos de pacientes com sintomas da doença que aguardam resultados de exames laboratoriais. Todos estão em acompanhamento pelas equipes de saúde e passam bem.

Vinte mil mortes. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, anualmente, 80 milhões de pessoas sejam infectadas em 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Do total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da doença. Campinas tem registrado casos da doença todos os anos, desde 1998. Este ano, desde janeiro, foram confirmados 62 casos, 50 autóctones. Não houve mortes, nem registros de casos da forma hemorrágica.

Mais informações:
Denize Assis
Telefones: (19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço eletrônico:
denize.assis@campinas.sp.gov.br 

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