A
Prefeitura de Campinas coloca em funcionamento na próxima
terça-feira, 31 de maio, às 10h, no ambulatório do
Complexo Ouro Verde, Região Sudoeste, mais um equipamento
de mamografia e, assim, aumenta em 30% a disponibilidade
desse exame no município. Atualmente, são realizadas 20
mil mamografias por ano na rede de serviços próprios e
conveniados da Secretaria Municipal de Saúde. Com o novo
aparelho, passam a ser feitas 26 mil/ano. O equipamento está
avaliado em aproximadamente R$ 350 mil reais e, para colocá-lo
em atividade, o Governo Municipal contratou um radiologista.
"A
meta é adequar a rede pública de saúde de Campinas à
diretriz do Ministério da Saúde de realizar este exame no
máximo a cada dois anos nas mulheres entre 50 a 69 anos.
Para atingir esta meta, é necessário que Campinas
disponibilize pelo menos 30 mil mamografias anualmente. Com
o novo aparelho, estamos muito próximos de atingir este
objetivo", diz o médico mastologista Fernando Brandão,
coordenador municipal da Saúde da Mulher.
Segundo
Brandão, a mamografia, por permitir o diagnóstico precoce
do câncer de mama, é o principal meio de diminuir as taxas
de mortalidade pela doença no Brasil. "Com este exame
é possível reduzir em pelo menos 30% as mortes por esta
patologia", diz.
O câncer
de mama representa hoje a principal causa de morte por câncer
entre as mulheres campineiras. Segundo dados da
Coordenadoria de Informação e Informática da Secretaria
Municipal de Saúde, em 2004, 81 mulheres morreram pela doença
em Campinas. No Brasil, esta patologia também é a
principal causa de morte por câncer entre a população
feminina. Em 2004, segundo estimativas do Instituto Nacional
do Câncer (Inca), foram mais de 9 mil óbitos e o
surgimento de mais de 41 mil novos casos entre as
brasileiras.
Com o
objetivo de reduzir estes índices, segundo Brandão,
Campinas tem investido em medidas que vão da sensibilização
dos profissionais da saúde ao aumento da oferta de
mamografias e passam pelas campanhas de conscientização da
população. O esforço, segundo ele, exigiu, em 2004, um
investimento de R$ 1 milhão de reais.
"E
este empenho tem surtido resultados. Campinas está entre as
cidades brasileiras que mais realizam diagnóstico precoce
do câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde, o que só
é possível através do uso intensivo da mamografia",
informa. De acordo com Brandão, 15% dos diagnósticos do câncer
de mama na rede pública municipal são feitos no chamado
estágio in situ, quando a cura chega a quase 100%.
No Estado de São Paulo, a média fica em torno dos 4,5%.
Outro dado
que aponta o sucesso da estratégia adotada pelo município
é a redução de 19,24 casos de câncer de mama por grupo
de 100 mil habitantes em 2001 para 15,50/100 mil em 2004.
Atualmente,
Campinas conta, na própria rede de serviços, com duas
unidades que realizam mamografia – a Policlínica 2 e,
agora, o ambulatório do Complexo Ouro Verde - além de
manter convênio com o Hospital Celso Pierro, que também
faz este exame. Todos os serviços contam com a presença de
um especialista que faz o diagnóstico final dos casos e, se
necessário, os direciona para tratamento. Hoje, a espera
para este exame na rede pública é de 40 dias. Mas, em caso
de urgência, é feito no dia seguinte.
Mais informações:
Denize Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço
eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br