Novo equipamento amplia em 30% a oferta de mamografias no SUS Campinas

25/05/2005

A Prefeitura de Campinas coloca em funcionamento na próxima terça-feira, 31 de maio, às 10h, no ambulatório do Complexo Ouro Verde, Região Sudoeste, mais um equipamento de mamografia e, assim, aumenta em 30% a disponibilidade desse exame no município. Atualmente, são realizadas 20 mil mamografias por ano na rede de serviços próprios e conveniados da Secretaria Municipal de Saúde. Com o novo aparelho, passam a ser feitas 26 mil/ano. O equipamento está avaliado em aproximadamente R$ 350 mil reais e, para colocá-lo em atividade, o Governo Municipal contratou um radiologista.

"A meta é adequar a rede pública de saúde de Campinas à diretriz do Ministério da Saúde de realizar este exame no máximo a cada dois anos nas mulheres entre 50 a 69 anos. Para atingir esta meta, é necessário que Campinas disponibilize pelo menos 30 mil mamografias anualmente. Com o novo aparelho, estamos muito próximos de atingir este objetivo", diz o médico mastologista Fernando Brandão, coordenador municipal da Saúde da Mulher.

Segundo Brandão, a mamografia, por permitir o diagnóstico precoce do câncer de mama, é o principal meio de diminuir as taxas de mortalidade pela doença no Brasil. "Com este exame é possível reduzir em pelo menos 30% as mortes por esta patologia", diz.

O câncer de mama representa hoje a principal causa de morte por câncer entre as mulheres campineiras. Segundo dados da Coordenadoria de Informação e Informática da Secretaria Municipal de Saúde, em 2004, 81 mulheres morreram pela doença em Campinas. No Brasil, esta patologia também é a principal causa de morte por câncer entre a população feminina. Em 2004, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram mais de 9 mil óbitos e o surgimento de mais de 41 mil novos casos entre as brasileiras.

Com o objetivo de reduzir estes índices, segundo Brandão, Campinas tem investido em medidas que vão da sensibilização dos profissionais da saúde ao aumento da oferta de mamografias e passam pelas campanhas de conscientização da população. O esforço, segundo ele, exigiu, em 2004, um investimento de R$ 1 milhão de reais.

"E este empenho tem surtido resultados. Campinas está entre as cidades brasileiras que mais realizam diagnóstico precoce do câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde, o que só é possível através do uso intensivo da mamografia", informa. De acordo com Brandão, 15% dos diagnósticos do câncer de mama na rede pública municipal são feitos no chamado estágio in situ, quando a cura chega a quase 100%. No Estado de São Paulo, a média fica em torno dos 4,5%.

Outro dado que aponta o sucesso da estratégia adotada pelo município é a redução de 19,24 casos de câncer de mama por grupo de 100 mil habitantes em 2001 para 15,50/100 mil em 2004.

Atualmente, Campinas conta, na própria rede de serviços, com duas unidades que realizam mamografia – a Policlínica 2 e, agora, o ambulatório do Complexo Ouro Verde - além de manter convênio com o Hospital Celso Pierro, que também faz este exame. Todos os serviços contam com a presença de um especialista que faz o diagnóstico final dos casos e, se necessário, os direciona para tratamento. Hoje, a espera para este exame na rede pública é de 40 dias. Mas, em caso de urgência, é feito no dia seguinte.

Mais informações:
Denize Assis
Telefones: (19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço eletrônico:
denize.assis@campinas.sp.gov.br 

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