A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância
em Saúde (Visa), divulgou na última quarta-feira, 25 de
maio, para todos os médicos e equipes das redes pública
e privada de saúde informe técnico sobre doença
meningocócica – que inclui meningite meningocócica e
meningococcemia. O documento atualiza a situação da doença
na cidade e apresenta padrão epidemiológico atual com
dados de coeficiente de incidência, faixa etária e ocorrência
por período.
Segundo
o informe, este ano, de janeiro a 25 de maio, foram
registrados nove casos, entre os quais quatro evoluíram
para óbito, sendo dois entre os dias 14 e 16 de maio, o
que configura letalidade de 44,4% no município. Do total,
três casos eram só de meningococcemia, sem meningite,
manifestação clínica da doença onde é esperada uma
letalidade alta.
Em
relação a faixa etária, 77,7% das ocorrências são em
menores de cinco anos. O coeficiente de incidência total
no município – para todos os sorogrupos – é de 0,86
casos por 100 mil habitantes. Para o sorogrupo C é de
0,19/100 mil e, para o sorogrupo B, é de 0,48/100mil.
"Analisando
o que se apresenta até o momento, apesar da notificação
de dois óbitos num intervalo curto de tempo e concentração
de quatro casos em maio, a situação epidemiológica não
difere de anos anteriores e não representa maior risco. Não
evidenciamos até o momento situações de epidemia e
surto", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da
Visa Municipal.
De
acordo com a sanitarista, as ações de controle indicadas
no momento são diagnóstico e tratamento precoce,
bloqueio ágil e criterioso e notificação rápida dos
casos. "É importante identificar o tipo da meningite
– agente etiológico - e o sorogrupo dos casos. Não há
indicação de campanha de vacinação para a população",
diz Brigina.
É
importante destacar, segundo a sanitarista, que 100% dos
casos diagnosticados este ano estão sorogrupados.
"Isto indica a boa qualidade da investigação o que
oferece maior consistência na análise da situação
epidemiológica e dá mais segurança na indicação das
medidas de controle", afirma.
Saiba
mais.
A doença meningocócica é uma infecção aguda causada
por bactéria e que pode atingir todas as pessoas
independente da faixa etária. No entanto, é mais comum
nas crianças. Existe tratamento para a doença meningocócica
e a maioria dos casos evolui para cura. Às vezes, pode
deixar seqüelas. Ocorre durante todos os meses do ano.
Mas, nas épocas mais frias e secas, como acontece com
todas as doenças de transmissão respiratória,
observa-se aumento nas ocorrências.
A
doença meningocócica pode ser manifestar como uma
meningite – infecção das meninges - e, na sua forma
mais grave, a bactéria se espalha no organismo como uma
septicemia – meningoccemia. Também podem aparecer casos
em que há presença de meningite e meningococcemia
associadas.
Brigina
afirma que é necessário atenção para o sinal característico
da doença meningocócica que é febre acompanhada de dor
de cabeça, vômito, dor na região do pescoço e, nas
crianças muito pequenas, irritabilidade, choro, gemido, e
letargia entre outros. "Mediante estes sinais, a
pessoa deve ser encaminhada imediatamente ao serviço de
saúde", diz. "No caso da meningococcemia, que
pode ocorrer com ou sem sinais meníngeos – que são os
descritos acima -, observa-se a presença de lesões ou
manchas arroxeadas e avermelhadas na pele".
A
sanitarista informa que a intervenção nas primeiras
horas do início dos sintomas da meningite é fundamental
para a boa evolução do caso. "Por isso, o diagnóstico
e tratamento precoce, a notificação rápida e o esforço
no sentido de identificar o agente etiológico são
extremamente importantes", diz.
O
informe técnico está disponível no portal da Secretaria
Municipal de Saúde.
Mais informações:
Denize Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço
eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br