Profissionais do CR DST/Aids participam nesta quinta de processo de educação permanente sobre cidadania LGTTB

17/05/2006

 Ação em parceria com CR GLTTB de Campinas ocorre na semana do
Dia Internacional Contra a Homofobia, data reconhecida pela Organização das Nações Unidas

Na mesma semana em que uma iniciativa inédita marca em todo o mundo ações que objetivam o fim da homofobia, o Programa Municipal (PM) de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria de Saúde Campinas realiza ação de um processo de educação permanente sobre cidadania de Lésbicas, Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTTB).

Nesta quinta-feira, dia 18 de maio, às 14h, haverá uma capacitação sobre cidadania LGTTB para os funcionários do Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DST/Aids. A atividade será desenvolvida em parceria com o Centro de Referência de Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais e Bissexuais (GLTTB) da Secretaria Municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social da Prefeitura.

O Programa Municipal de DST/Aids de Campinas desenvolve ações de prevenção à Aids junto ao público LGTTB através de entidades da sociedade civil organizada que atuam na defesa da cidadania de lésbicas, gays, travestis, transexuais e bissexuais. Dados epidemiológicos mostram que o maior aumento dos casos de   aids ocorre entre heterossexuais, apesar de, nos anos 80, início da epidemia, ter havido grande número de casos entre homossexuais e bissexuais.

Na quarta-feira, 17 de maio, foi celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia (IDAHO, na sigla em inglês). É a primeira vez que a Organização das Nações Unidas (ONU) se pronuncia publicamente declarando a homofobia como um problema de saúde pública na América Latina e no Caribe.

A iniciativa do Dia Internacional partiu do francês Louis-Georges Tin e da Associação Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA), lembrando a mesma data de 16 anos atrás, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade de sua lista de transtornos mentais, não reconhecendo a orientação sexual como doença.

No Brasil, de acordo com registros do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgados no portal do Programa Nacional DST/Aids, estão documentados 1.960 assassinatos entre 1980 e 2000 (69% de gays, 29% de travestis e 2% de lésbicas), o equivalente a uma média de 98 homicídios por ano no país. Do total de mortos, a maioria (62,5%) foi vítima de armas brancas, enforcamento ou estrangulamento, seguido de arma de fogo (37,5%).

A maior parte dos gays foi morta dentro de suas próprias casas, enquanto a maioria das travestis perdeu a vida nas ruas. Segundo os dados do GGB, menos de 10% dos assassinos de homossexuais são presos.

Cerca de 80 países, principalmente na Ásia, África, América Central e Caribe, condenam a homossexualidade. A penalidade mais comum é a prisão, que pode passar de dez anos, como em Cuba, Malásia, Nigéria, Índia, Síria, Nicarágua e Líbia. Em outras nações, gays podem ser condenados à prisão perpétua, como na Uganda e Guiana. E em países como Afeganistão, Irã e Arábia Saudita, a punição é a pena de morte.

Mais informações à Imprensa: (19) 3234 – 5000, ramal 220, com Eli Fernandes

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