Na mesma semana em que
uma iniciativa inédita marca em todo o mundo ações que
objetivam o fim da homofobia, o Programa Municipal (PM)
de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da
Secretaria de Saúde Campinas realiza ação de um processo
de educação permanente sobre cidadania de Lésbicas,
Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTTB).
Nesta quinta-feira, dia
18 de maio, às 14h, haverá uma capacitação sobre
cidadania LGTTB para os funcionários do Centro de
Referência (CR) do Programa Municipal de DST/Aids. A
atividade será desenvolvida em parceria com o Centro de
Referência de Gays, Lésbicas, Travestis, Transexuais e
Bissexuais (GLTTB) da Secretaria Municipal de Cidadania,
Trabalho, Assistência e Inclusão Social da Prefeitura.
O Programa Municipal de
DST/Aids de Campinas desenvolve ações de prevenção à
Aids junto ao público LGTTB através de entidades da
sociedade civil organizada que atuam na defesa da
cidadania de lésbicas, gays, travestis, transexuais e
bissexuais. Dados epidemiológicos mostram que o maior
aumento dos casos de aids ocorre entre heterossexuais,
apesar de, nos anos 80, início da epidemia, ter havido
grande número de casos entre homossexuais e bissexuais.
Na quarta-feira, 17 de maio, foi
celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia (IDAHO,
na sigla em inglês). É a primeira vez que a Organização
das Nações Unidas (ONU) se pronuncia publicamente
declarando a homofobia como um problema de saúde pública
na América Latina e no Caribe.
A iniciativa do Dia Internacional partiu
do francês Louis-Georges Tin e da Associação
Internacional de Gays e Lésbicas (ILGA), lembrando a
mesma data de 16 anos atrás, quando a Organização
Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade de sua
lista de transtornos mentais, não reconhecendo a
orientação sexual como doença.
No Brasil, de acordo com registros do
Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgados no portal do
Programa Nacional DST/Aids, estão documentados 1.960
assassinatos entre 1980 e 2000 (69% de gays, 29% de
travestis e 2% de lésbicas), o equivalente a uma média
de 98 homicídios por ano no país. Do total de mortos, a
maioria (62,5%) foi vítima de armas brancas,
enforcamento ou estrangulamento, seguido de arma de fogo
(37,5%).
A maior parte dos gays foi morta dentro
de suas próprias casas, enquanto a maioria das travestis
perdeu a vida nas ruas. Segundo os dados do GGB, menos
de 10% dos assassinos de homossexuais são presos.
Cerca de 80 países,
principalmente na Ásia, África, América Central e
Caribe, condenam a homossexualidade. A penalidade mais
comum é a prisão, que pode passar de dez anos, como em
Cuba, Malásia, Nigéria, Índia, Síria, Nicarágua e Líbia.
Em outras nações, gays podem ser condenados à prisão
perpétua, como na Uganda e Guiana. E em países como
Afeganistão, Irã e Arábia Saudita, a punição é a pena de
morte.
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220, com Eli Fernandes