A estimativa é do
Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde da
Prefeitura de Campinas, com base em projeções do
Ministério da Saúde (MS). De acordo com estes cálculos,
só em Campinas, cerca de 2.000 mil pessoas têm o vírus
hiv e não sabem.
Quanto mais cedo a pessoa
que tem o vírus souber que vive com o hiv, melhor poderá
ser o seu tratamento e maior será a potencial redução de
transmissão do mesmo a outras pessoas. A aids tem
tratamento, mas não existe cura para a síndrome. Em
Campinas, tanto o teste de hiv e sífilis como o
tratamento, gratuito, podem ser feitos através do Centro
de Referência do Programa Municipal de DST/Aids.
O tratamento será
realizado no Centro de Referência do Programa Municipal
de DST/Aids, uma unidade pública, do SUS (Sistema Único
de Saúde) que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h
às 20h, exceto aos feriados. Para fazer o teste as
pessoas devem procurar o Centro de Referência,
localizado à Rua Regente Feijó, 637, Centro, próximo ao
Terminal 2 e Terminal Central de ônibus.
O telefone, para saber
mais informações sobre o teste de hiv, e também de
sífilis (uma doença sexualmente transmissível) é o (19)
3236 - 3711. O teste é gratuito, anônimo e sigiloso. Só
quem faz o exame fica sabendo o resultado. O tratamento,
através do coquetel de medicamentos (antirretrovirais) é
oferecido gratuitamente, no Centro de Referência e pode
ser iniciado imediatamente.
O teste de hiv e sífilis
também pode ser feito em qualquer Centro de Saúde (CS)
de Campinas. Para saber mais sobre aids e outras dst, a
população também pode informar-se através do 0800 61
1997, o "Disque-Saúde" do Ministério da Saúde, ou pelo
telefone 0800 16 25550, telefone do Programa Estadual de
DST/Aids de São Paulo.
A melhor forma de
prevenção à aids é o uso de camisinhas (preservativos)
em todas as relações sexuais. Camisinhas podem ser
retiradas gratuitamente em Campinas em qualquer Centro
de Saúde, ou no Centro de Referência do Programa
Municipal de DST/Aids.
Na internet, o portal
www.aids.gov.br
, do Programa Nacional de DST/Aids também oferece
informações sobre doenças sexualmente transmissíveis e
aids. Para saber mais sobre aids e sobre o Centro de
Referência de DST/Aids de Campinas o telefone é o (19)
3234 – 5000.
Situação epidemiológica
De acordo com dados
divulgados no dia 30 de novembro de 2006, pelo Programa
Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde, Campinas
tem 4.763 casos de aids notificados no município desde a
década de 80, início da epidemia até o final de novembro
do ano passado.
A epidemia de aids se
apresenta estável no município, com declínio para
algumas categorias –como usuários de drogas injetáveis (udi).
A letalidade é considerada bastante reduzida no
município, e está atualmente em 7%.
Dentro desta estabilidade
existem movimentações importantes, como o crescimento
persistente entre as mulheres –a feminilização da
epidemia– em que a principal categoria de exposição (a
forma de transmissão) é por relações heterossexuais.
Esta tendência também é verificada nas demais regiões do
Brasil.
Além disso, nos últimos
anos, começaram a aparecer casos entre pessoas acima de
50 anos numa velocidade pelo menos 2,5 vezes maior que
nas outras faixas etárias e ainda mais velozmente entre
as mulheres acima de 50 anos.
Segundo a enfermeira
sanitarista Maria Cristina Ilario, coordenadora do
Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, de acordo
com dados epidemiológicos dos últimos cinco anos, a
epidemia voltou a intensificar –ou seja: recrudesceu–
entre homens homossexuais jovens.
Em relação à distribuição
por sexo, no início da epidemia havia uma predominância
grande de casos no sexo masculino sobre os casos no sexo
feminino. Em 1987, para cada 11 homens com Aids havia
uma mulher (11/1). Atualmente, a razão é de 1,5/1. Quase
um por um. "Isto mostra o quanto a epidemia cresce mais
rapidamente entre mulheres", disse Cristina Ilario.
Segundo a sanitarista, a
análise dos dados é fundamental no sentido de
incrementar as ações educativas e de prevenção. "A Aids,
como toda doença, tem uma epidemiologia dinâmica em
função das mudanças tecnológicas, culturais,
demográficas entre outras. É importante estarmos atentos
para estas mudanças para que possamos ser mais efetivos
nas medidas de controle que incluem também e
principalmente orientação à população e priorização de
grupamentos sociais para enfocar medidas de prevenção",
afirma Maria Cristina.
Para saber mais sobre a
tendência da epidemia em Campinas, profissionais de
saúde, estudantes, jornalistas e a população que tiver
acesso à internet deve consultar o Boletim
Epidemiológico de março de 2006, onde a análise da
epidemia continua atual, apesar de trazer dados
somente até 2005.
O Boletim Epidemiológico pode ser
acessado através deste link [clique aqui] ou
https://saude.campinas.sp.gov.br/boletins/boletim_epidem_mar06.pdf
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