Saúde intensifica capacitação para maternidades prevenirem transmissão do hiv e outras patologias da mãe para o bebê

07/05/2007

Reunião no Sindicato dos Médicos de Campinas, nesta terça, às 9h,
objetiva atualizar profissionais dos 14 hospitais que fazem partos no município;

Evitar a transmissão do vírus hiv, além de doenças como a sífilis e a hepatite B, da mãe para o bebê, é o objetivo do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids e da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, que realiza reunião nesta terça-feira, 8 de maio de 2006, às 9h, no Sindicato dos Médicos de Campinas e Região com profissionais dos hospitais do município.

A atualização desta terça-feira será realizada entre técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com responsáveis pelas Comissões de Controle da Infecção Hospitalar de toda a cidade, incluindo a Maternidade de Campinas, o Hospital e Maternidade Celso Pierro da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que respondem por cerca de 73% dos partos realizados em moradoras de Campinas.

Segundo a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Coordenadoria de Vigilância à Saúde (CoViSa) da SMS, as normas técnicas vigentes no Sistema Único de Saúde (SUS) determinam os procedimentos adequados para garantir a proteção da saúde das mães e de seus bebês. Além dos testes de hiv, sífilis e hepatite B, é oferecida a profilaxia e tratamento   para estas patologias. Cerca de 13,3 mil partos são realizados anualmente na cidade, segundo Maria do Carmo.

De acordo com a enfermeira sanitarista Maria Cristina Ilario, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria de Saúde, Campinas, embora tenha características de sede da Região Metropolitana, que faz com que a cidade não tenha monitoramento do pré-natal de todas as cidades da região, pois só matricia as realizadas nas unidades de saúde do município, a meta é aumentar e qualificar a capacidade das maternidades de oferecer o teste de hiv e sífilis no momento do parto para desencadear as medidas profiláticas e diminuir a incidência de casos de transmissão vertical.

A reunião desta terça-feira deverá ter participação das Comissões dos estabelecimentos hospitalares e das Vigilâncias à Saúde dos 5 Distritos Sanitários de Campinas (Norte, Sul, Leste, Noroeste e Sudoeste).   

Transmissão vertical

Transmissão vertical é a infecção do bebê através da mãe portadora do hiv, da sífilis e da hepatite B. A transmissão do vírus da aids e destas outras doenças sexualmente transmissíveis (dst) pode ser evitada caso a mulher grávida saiba que tem estas patologias e faça seguimento durante a gestação através do pré-natal disponível gratuitamente nos Centros de Saúde (CS) de Campinas.

O vírus da aids, a sífilis e a hepatite B são transmitidos principalmente pelas relações sexuais, sem uso de camisinha. A sífilis tem cura se for tratada. A aids não tem cura, mas tem tratamento. Existe tratamento para os portadores da hepatite B. Quem não tem a hepatite B pode evitá-la através de vacina específica.

Tanto a sífilis como o vírus da aids e a hepatite B podem ser passados da mãe para o bebê durante a gravidez e parto. O hiv, no entanto, pode ser transmitido inclusive durante a amamentação (aleitamento materno).

Mas o bebê pode nascer sem hiv, sem sífilis e sem hepatite B, se a mulher fizer o quanto antes os exames para detectar essas doenças e seguir tratamento e acompanhamento durante e após a gravidez e parto. A possibilidade de uma mãe que tem hiv transmitir o vírus para sua criança, por meio do leite materno, é elevado, situando-se entre 7% a 22%, e se renova a cada mamada, segundo o Ministério da Saúde.

Em Campinas, é fornecida gratuitamente fórmula láctea infantil pelo Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura, através dos Centros de Saúde.

Todas as mulheres grávidas têm o direito de fazer o pré-natal gratuito nos Centros de Saúde. O pré-natal inclui o os testes de hiv e sífilis mediante aconselhamento e consentimento. Além das gestantes, todas as pessoas podem fazer gratuitamente o teste nos postos de saúde. O teste é gratuito, anônimo e sigiloso. Somente quem faz o teste fica sabendo o resultado. No caso das gestantes, além de proteger sua saúde, protege a do bebê.

Centro de Referência

O Centro de Referência funciona de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 7h às 20h, para tratamento às pessoas que vivem com hiv/aids e promoção de ações de educação e comunicação social para prevenção à aids, ao hiv e às dst. O telefone é (19) 3234 - 5000.

No Centro de Referência de DST/Aids de Campinas também são realizados os testes gratuitos, anônimos e sigilosos de hiv e sífilis. Só quem faz os exame pode saber o resultado. Para mais informações sobre o teste, o telefone é (19) 3236 - 3711.

Os Centros de Saúde de Campinas também realizam o teste de hiv e sífilis gratuitamente. As camisinhas, cujo uso em todas as relações sexuais é a maneira mais segura de prevenir o hiv/aids e as dst, devem ser distribuídas gratuitamente à população nos Centros de Saúde da cidade.

Segundo o Programa Municipal de DST/Aids, Campinas tem cerca de 4,7 mil casos de aids registrados desde o início da epidemia, na década de 80. Atualmente a principal causa da transmissão do hiv no município está nas relações heterossexuais sem proteção, ou seja, sem uso de camisinha (preservativos).

Para cada 1,5 caso de aids em homem, há um caso de aids em mulher. Esta proporção, de 1 caso em mulher para cada 1,5 casos em homem é a tendência de feminização da epidemia.

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