Representantes da sociedade médica e odontológica visitaram o Hospital Ouro Verde nesta segunda-feira

13/05/2008

Autor: Denize Assis

O prefeito dr. Hélio de Oliveira Santos e o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, apresentaram na manhã desta segunda-feira, dia 12 de maio, para representantes dos hospitais públicos e privados do município e da sociedade médica e odontológica o Complexo Hospitalar Ouro Verde, a ser inaugurado no dia 10 de junho.

Mais de 60 pessoas estiveram presentes na visitação e puderam conhecer a unidade, construída de acordo com conceitos de humanização e acessibilidade e a partir dos mais avançados princípios ambientais e sanitários, como iluminação, luz solar e ventilação naturais, tratamento de efluentes e manejo correto dos resíduos gerados.

“É importante que o Hospital Ouro Verde se abra à comunidade médica representativa. Foram investidos aqui R$ 60 milhões, dos governos federal e municipal, com o objetivo principal de atender a uma população estimada entre 400 e 500 mil pessoas das regiões sudoeste, noroeste e sul de Campinas”, disse o prefeito.

Dr. Hélio afirmou que o hospital também vai atender a interesses nacionais, já que vai servir de modelo para implantação de projetos e programas do Ministério da Saúde, entre os quais capacitação de equipes de transplantes; de inovação tecnológica, junto com a Ciatec, como projetos na área de nanotecnologia; além de cumprir papel importante na área de reabilitação, que será implantada nos moldes do Hospital Sara Kubitscheck, de Brasília.

“E o mais importante: tudo essencialmente atendendo o Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do conceito nacional de rede”, afirmou.

Segundo o secretário de Saúde, José Francisco Saraiva, o Ouro Verde visa minimizar o déficit na assistência pública hospitalar, sanando a desigualdade regional para garantir a eqüidade em nosso município. “E a unidade não vai funcionar isoladamente, mas integrada com os hospitais Celso Pierro, Mário Gatti e Hospital de Clínicas e com os prontos-socorros municipais. E com a missão, o objetivo primordial de oferecer assistência de qualidade”, disse.

Além disso, de acordo com o secretário, o hospital tem a visão seqüencial de capacitação e, coincidentemente, vai ser inaugurado junto com a informatização da rede pública municipal de saúde.

Para o médico Pedro Antunes Negrão, 1º vice-presidente da Maternidade de Campinas, a impressão que ficou da visita é a melhor possível. “Vai melhorar muito a assistência hospitalar em Campinas. Atende a uma necessidade da nossa cidade, com toda tecnologia”, afirmou.

O médico Cármino Antônio de Souza, representante do HC, se disse impressionado com o hospital. “A estrutura é de 1º mundo. Este é um serviço fundamental para o SUS instalado numa região densamente populosa. Da parte da Unicamp, já colocamos à disposição o hemocentro e já estabelecemos vínculos para suporte nas áreas de hemoterapia e hematologia e para a instalação de uma unidade transfusional. No futuro, o objetivo é instalar uma área de coleta de sangue para que todo sistema seja auto-sustentável”, afirmou.

Para a médica Sílvia Brandalise, do Centro Boldrini, o Complexo Hospitalar Ouro Verde foi uma conquista espetacular. “Ele foi construído pensando o aspecto arquitetônico. É racional do ponto de vista da população. Tem uma preocupação importante em relação à humanização. E a parceria com a Unifesp traz novos elementos em relação à tecnologia da gestão hospitalar. A Prefeitura está de parabéns. A população vai ganhar, pela facilidade e ampliação do acesso, pela gestão de qualidade”, afirmou.

O presidente da Unimed, Emílio de Oliveira Issa, que também esteve presente na comitiva que visitou o hospital, afirmou que o complexo é maravilhoso, que trata-se de uma obra de muita coragem. “Parabéns a toda equipe, encabeçada pelo prefeito dr. Hélio e sob gestão do dr. José Francisco Saraiva. É um avanço para o sistema de saúde. Vai dar um suporte enorme para a população que mais necessita e atende a uma demanda da cidade, que necessita de um hospital focado na área traumato-ortopédica”, afirmou.

Mais sobre o Ouro Verde. O Hospital Ouro Verde é o mais importante projeto da atual Administração para a melhoria da atenção à saúde dos campineiros. O investimento para colocar a unidade em funcionamento é de aproximadamente de R$ 60 milhões – R$ 40 em obras e R$ 20 em equipamentos -, sendo R$ 42 mi do Ministério da Saúde e R$ 20 mi da Prefeitura. O custeio será de R$ 4 milhões por mês.

A unidade vai ampliar o atendimento e garantir maior acesso médico-hospitalar no município, beneficiando diretamente milhares de habitantes das regiões sudoeste, noroeste e sul, que constituem uma população totalmente SUS dependente. Além disso, terá características regionais, dando retaguarda aos 19 municípios da região Metropolitana de Campinas onde residem mais de 3,5 milhões de habitantes.

Com uma área de 21 mil metros quadrados, o hospital vai disponibilizar 219 leitos distribuídos em seis unidades de internação nas áreas de Saúde Mental, Reabilitação, Ortopedia, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto e infantil. Também vai contar com um centro de captação de órgãos.

A unidade terá, inclusive, uma referência em fisioterapia, para proporcionar seqüência ao tratamento quando necessário. Também vai incorporar o ambulatório que funciona atualmente no Complexo Ouro Verde. E o Pronto-Socorro do Ouro Verde foi adequado à nova planta para ser integrado também ao hospital. Com isto, vai poder atender a casos de maior complexidade, o que vai otimizar a resposta aos casos graves, melhorando assim o sistema de urgência e emergência do município como um todo.

O Hospital Ouro Verde será o segundo hospital municipal de Campinas. O município já conta com o Hospital Municipal dr. Mário Gatti. A Universidade Federal Paulista (Unifesp) é que vai fazer a gestão da unidade.

Na visita de hoje estava presente também o médico Gilberto Scarazatti, da Unifesp. Ele disse que a Unifesp vem para contribuir. “A vinda é uma somatória, de parceria e de contribuição para a gestão. O convite foi aceito e muito bem visto pelo reitor da universidade. A Unifesp detém tecnologia em gestão hospitalar e vem para acréscimo, para a construção coletiva de um modelo de assistência. Estamos orgulhosos de estar neste espaço”.

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