Campanha para Promoção do Uso Racional de Medicamento ocorre nesta 3ª

05/05/2009

Autor: Bruno Sgambato

A 1ª Campanha para Promoção do Uso Racional de Medicamentos, com o tema “Vida Saudável é o Melhor Remédio”, promovida pela Prefeitura de Campinas, que acontece nesta terça-feira, 5 de maio, na Praça Rui Barbosa, tem cerca de cem alunos treinados por membros da Comissão de Farmácia e Terapêutica da Secretaria de Saúde e professores das faculdades de Ciências Farmacêuticas que estão dando orientações sobre o uso correto de medicamentos e alimentação saudável.

O evento é uma promoção da Administração municipal, por meio Secretaria de Saúde, em parceria com os cursos de farmácia das universidades PUC-Campinas e Universidade Paulista (Unip).

Segundo a coordenadora do programa de Assistência Farmacêutica do município, Maria Elisa Amaral Moreira Bertonha, a parceria com as universidades envolvidas foi fundamental para a realização da campanha.

No período da tarde, a partir das 14 horas, o público foi convidado a participar das palestras sobre o uso racional de medicamentos no Salão Vermelho, que fica no térreo do Paço. A palestra com o título “Uso Racional de Medicamentos” teve como palestrantes Maria Eugênia Cury (NUVIG/Anvisa); Thaís Queluz (CNPURM/DAF/SCTIE/MS); Fernanda Lopes da Cunha da Faculdades de Odontologia São Leopoldo Mandic e Maurício dos Santos do Programa Agita São Paulo (Celafiscs).

Estiverem presentes, representantes da Prefeitura, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Saúde, Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) e Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Campanha

A campanha foi idealizada pela Comissão de Farmácia e Terapêutica de Campinas, responsável pela seleção dos medicamentos essenciais do município que tem como responsabilidade promover e divulgar informações sobre medicamentos e uso racional.

De acordo com a farmacêutica Maria Elisa, o objetivo da campanha é fazer com que as pessoas ampliem seus conhecimentos sobre medicamentos e sua utilização, saibam identificar os vários tipos de medicamentos (homeopáticos, fitoterápicos, genéricos, medicamentos de referência e similares) e outras informações, tais como a qualidade e validade dos mesmos.

“A população deve receber o maior número possível de informação sobre os medicamentos, devem seguir a prescrição do médico, sendo criteriosos com os horários, tempo de tratamento e a maneira de armazenar os medicamentos. Todos estes fatores contribuem para o sucesso do tratamento”, disse. Para ela, o medicamento é fundamental na vida pessoas, “mas antes de chegar até eles há muita coisa para se fazer”, ressaltou Maria Elisa.

De acordo com o presidente da Associação Paulista de Medicina, João Curi, “uma campanha como essa deveria ser permanente, pois grande parte dos problemas de saúde poderia ser evitado através de uma alimentação saudável e a prática de exercícios”, disse. Segundo ele, por uma questão de cidadania, toda a cidade deveria estar envolvida na campanha.

Uso racional

A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1985, estabeleceu que o uso racional de medicamentos requer que “pacientes recebam a medicação apropriada para sua situação clinica nas doses que satisfaçam as necessidades individuais por um período adequado, e ao menor custo possível para eles e sua comunidade”. Com a relação a utilização dos medicamentos estima-se que cerca de 50% de todos os medicamentos são prescritos dispensados ou vendidos inadequadamente.

Utilizar medicamentos por conta própria ou por indicação de um parente ou amigo pode ser muito perigoso à saúde. O organismo de cada pessoa reage de forma diferente ao medicamento usado, por isso tomar qualquer medicamento sem orientação médica pode agravar doenças, não surtir efeitos esperados, mascarar sintomas, além de causar sérios danos ao organismo.

Para o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, o uso incorreto de medicamentos tem dois lados. “Tem o lado da ganância, daqueles que querem ir direto para o mercado e depois precisam interromper a comercialização dos medicamentos e o lado do uso indiscriminado de medicamentos, causando intoxicações, efeitos colaterais graves e até óbitos. O nosso dever é orientar a população sobre o uso correto de medicamentos e vigiar aqueles que praticam a comercialização dos mesmos”, disse.

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