04/06/01
Pacientes
do SUS-Campinas (Sistema Único de Saúde) já podem se
submeter à ginástica chinesa para tratar lesões. O Centro
de Reabilitação, órgão da Secretaria de Saúde de
Campinas, iniciou, no último dia 9, aulas de Lian Gong. A
atividade é uma ginástica terapêutica chinesa constituída
por exercícios que trabalham consciência corporal,
coordenação motora, alongamento muscular, respiração,
concentração e autocuidado. As aulas acontecem às 13h das
terças-feiras, no prédio da Reabilitação, e às
quartas-feiras, no Largo Santa Cruz, na rua Major Sólon, no
Cambuí.
A
duas primeiras turmas são formadas apenas por pacientes
adultos e por profissionais da Reabilitação. Segundo a
fisioterapeuta Ana Márcia Fiorim Enumo, os alunos foram
escolhidos entre pacientes crônicos que sofrem das mais
diversas patologias – problemas de coluna, Ler-Dort (Lesão
por Esforço Repetitivo), esclerose, entre outras. “Esta técnica
desenvolve o hábito do autocuidado no paciente. O portador
da patologia se torna agente da sua própria cura”,
explica Ana Márcia.
A
fisioterapeuta informa que o Lian Gong tem seis séries de
seis exercícios e que cada série trabalha regiões específicas
do corpo. Para realizar a ginástica completa, o aluno gasta
25 minutos. “Já temos uma lista de espera de pessoas
interessadas em participarem das próximas turmas”, afirma
Ana Márcia.
A idéia,
segundo a fisioterapeuta, é que os alunos se tornem
multiplicadores do Lian Gong e, dessa forma, aumentem a
oferta da ginástica para a população. O Centro de
Reabilitação atende a uma média de 100 pacientes
diariamente. Todos são portadores de lesões.
A
ginástica Lian Gong foi criada na China, em 1974, pelo médico
ortopedista e traumatologista Zhuang Yuen Ming. No Brasil, a
atividade é ensinada desde 1987, quando foi introduzida no
País pela professora da Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas), Maria Lúcia Lee. A CPFL (Companhia Paulista de
Força e Luz), concessionária de energia elétrica que
atende à região de Campinas, utilizou a técnica do Lian
Gong em um grupo piloto com pacientes portadores de Ler-Dort,
em 1997. Os resultados foram considerados ótimos.