08/06/01
Na
semana em que o mundo comemora o Dia Internacional do Meio
Ambiente e da Ecologia, a Secretaria da Saúde de Campinas
ressalta a importância da destinação adequada de pneus
que não estão mais em uso. A Secretaria integra, em
conjunto com secretarias de outros municípios da região,
Dir XII (Direção Regional de Saúde) e com a Sucen
(Superintendência do Controle de Endemias) a Comissão
Regional de Controle da Dengue, que criou um grupo de
trabalho que busca solução para o descarte inadequado das
carcaças de pneu no meio ambiente.
O
grupo realizou, em 22 de maio último, o Seminário
Regional de Pneus Inservíveis e Saúde Pública, chamou
atenção para a gravidade da situação e está colaborando
para articulação das associações responsáveis pela
produção e distribuição de pneus no Brasil para promover
destinação ambiental adequada de pneus inservíveis.
No
evento, ficou decidido que o grupo de trabalho faça um
levantamento da quantidade de pneus inservíveis dispostos
na região da Dir XII, que inclui Campinas e outros 41 municípios.
O seminário também conseguiu que a Anip (Associação
Nacional da Indústria de Pneumáticos) e a Abip (Associação
Brasileira da Indústria de Pneus) documentassem o
compromisso de solicitar, com urgência, ao Ministério do
Meio Ambiente, a reedição da regulamentação 258/99 do
Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). O próximo
encontro do grupo será em 21 de junho.
Os
pneus desprezados na natureza têm um impacto importante
sobre a saúde pública. Este material é, atualmente, o
principal disseminador ambiental externo do mosquito
transmissor da dengue, o Aedes
aegypti. A disposição inadequada dos pneus no meio
ambiente também provoca enchentes e influencia na ocorrência
de outras moléstias, como a leptospirose. Além disso, os
pneus quando queimados provocam poluição atmosférica e,
novamente, causam problemas de saúde pública. Atualmente,
no Brasil, são descartadas aproximadamente 40 milhões de
carcaças de pneus por ano.
Dengue: Campinas tem 472 casos - Dados da Secretaria da Saúde de
Campinas apontam que, neste ano, o município notificou 3277
casos suspeitos de dengue. Deste total, até a última
quinta-feira, foram confirmados 472, sendo 382 autóctones,
74 importados, além de 16 que ainda estão em investigação.
O coeficiente de incidência na cidade é de 39,48 por 100
mil habitantes. A região com o maior número de casos autóctones
é a Sul, com 119, seguida da Sudoeste, com 100. A Norte tem
75, a Leste 58 e a Noroeste 30.