Com
o objetivo de melhorar a taxa de cura dos pacientes com
tuberculose em Campinas, a Secretaria Municipal de Saúde, por
meio do Paidéia – Saúde da Família, está estendendo o
tratamento supervisionado modificado a toda rede municipal de saúde.
O
tratamento supervisionado modificado é uma ampliação do
tratamento supervisionado (DOT) proposto pela Organização
Mundial de Saúde, no qual o profissional de saúde deve
observar o paciente engolir a medicação, em pelo três
visitas, desde o início do tratamento.
No
modelo proposto pela Secretaria de Saúde de Campinas, o
paciente será acompanhado, apoiado e estimulado e sua família
também será acolhida e assistida por meio das visitas dos
agentes comunitários de saúde. Além disso, o modelo proposto
por Campinas inclui fazer com que o paciente desenvolva
autonomia no tratamento.
No
entanto, a grande diferença do tratamento supervisionado
modificado, que é o modelo proposto por Campinas, está na
construção do vínculo entre paciente e profissionais de saúde
e da assistência social. A freqüência dos contatos entre
equipe de saúde e paciente será maior e, além disso, será
desenvolvido um projeto terapêutico individual e a cidadania
também será estimulada.
A
tuberculose em Campinas
- A tuberculose ainda persiste como importante problema de saúde
pública. Em Campinas, são registrados perto de 400 casos novos
da doença por ano. A experiência do município aponta que,
quando o tratamento é auto administrado – feito pelo próprio
paciente –, a taxa de cura fica em torno de 50%. Quando o
tratamento é realizado com o apoio dos profissionais de saúde,
este índice sobe para perto de 75%.
O
tratamento com apoio feito pelos profissionais do Amda (Ambulatório
Municipal de DST/AIDS) aponta uma taxa de cura entre 95% e 100%.
Por isso, outro objetivo da Secretaria de Saúde é aumentar a
capacidade do ambulatório para que os profissionais de lá também
possam cooperar com a rede no tratamento dos portadores de
tuberculose.
Dados
da Secretaria de Saúde também apontam que o número de
pacientes que abandonam o tratamento em campinas caiu de 19% em
1995 para perto de 12% atualmente. Quando o paciente abandona o
tratamento, ele pode adoecer novamente e desenvolver uma forma
mais resistente da doença, que não responde aos remédios que
eram usados anteriormente. Além disso, é provável que o
paciente espalhe esta forma de tuberculose mais forte e menos
curável, conhecida como tuberculose resistente aos
medicamentos.
O
índice de mortes por tuberculose também tem diminuído em
Campinas nos últimos anos. Em 1995, 16% dos pacientes que
iniciavam tratamento em Campinas morriam. Atualmente, este índice
caiu para 7%.