Prefeitura amplia ações para melhorar taxa de cura de pacientes com tuberculose

25/06/2002

Com o objetivo de melhorar a taxa de cura dos pacientes com tuberculose em Campinas, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Paidéia – Saúde da Família, está estendendo o tratamento supervisionado modificado a toda rede municipal de saúde.

O tratamento supervisionado modificado é uma ampliação do tratamento supervisionado (DOT) proposto pela Organização Mundial de Saúde, no qual o profissional de saúde deve observar o paciente engolir a medicação, em pelo três visitas, desde o início do tratamento.

No modelo proposto pela Secretaria de Saúde de Campinas, o paciente será acompanhado, apoiado e estimulado e sua família também será acolhida e assistida por meio das visitas dos agentes comunitários de saúde. Além disso, o modelo proposto por Campinas inclui fazer com que o paciente desenvolva autonomia no tratamento.

No entanto, a grande diferença do tratamento supervisionado modificado, que é o modelo proposto por Campinas, está na construção do vínculo entre paciente e profissionais de saúde e da assistência social. A freqüência dos contatos entre equipe de saúde e paciente será maior e, além disso, será desenvolvido um projeto terapêutico individual e a cidadania também será estimulada.

 

A tuberculose em Campinas - A tuberculose ainda persiste como importante problema de saúde pública. Em Campinas, são registrados perto de 400 casos novos da doença por ano. A experiência do município aponta que, quando o tratamento é auto administrado – feito pelo próprio paciente –, a taxa de cura fica em torno de 50%. Quando o tratamento é realizado com o apoio dos profissionais de saúde, este índice sobe para perto de 75%.

O tratamento com apoio feito pelos profissionais do Amda (Ambulatório Municipal de DST/AIDS) aponta uma taxa de cura entre 95% e 100%. Por isso, outro objetivo da Secretaria de Saúde é aumentar a capacidade do ambulatório para que os profissionais de lá também possam cooperar com a rede no tratamento dos portadores de tuberculose.

Dados da Secretaria de Saúde também apontam que o número de pacientes que abandonam o tratamento em campinas caiu de 19% em 1995 para perto de 12% atualmente. Quando o paciente abandona o tratamento, ele pode adoecer novamente e desenvolver uma forma mais resistente da doença, que não responde aos remédios que eram usados anteriormente. Além disso, é provável que o paciente espalhe esta forma de tuberculose mais forte e menos curável, conhecida como tuberculose resistente aos medicamentos.

O índice de mortes por tuberculose também tem diminuído em Campinas nos últimos anos. Em 1995, 16% dos pacientes que iniciavam tratamento em Campinas morriam. Atualmente, este índice caiu para 7%.

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