Produto
estava sendo preparado para ser vendido ralado. Prática
constitui em crime contra a saúde pública. Proprietário é
reincidente
A Visa (Vigilância
de Saúde) Noroeste de Campinas apreendeu, na manhã desta
quarta-feira, 25 de junho, aproximadamente 1,5 tonelada de
queijo adulterado e sem procedência em uma residência na rua
Paulo Provenza Sobrinho, 1.029, no Jardim Novo Campos Elíseos.
A ação, que
teve início às 8h, contou com a parceria da Secretaria de
Serviços Públicos, de técnicos do Ministério da
Agricultura e da Polícia Civil, por meio do delegado Álvaro
Santucci Noventa Júnior, do 2o Distrito Policial.
O proprietário
do local, José de Lucca dos Santos, também conhecido como
Tim, fugiu e está com prisão preventiva decretada. A prática
é considerada crime contra a saúde pública, como consta no
artigo 272 do código penal.
José de
Lucca é reincidente, já que esta é a quarta vez, desde
2000, que ele pratica o mesmo delito. Nas três primeiras
ocorrências, ele atuava em endereços diferentes. Duas
pessoas que estavam trabalhando no local - uma delas é a
esposa de Tim e outra se identificou como associado do
proprietário - foram autuadas e levadas para o 2o Distrito
Policial.
O queijo
apreendido pelas equipes da Secretaria de Saúde está sendo
inutilizado e será encaminhado para o aterro sanitário. A ação
deve prosseguir durante todo dia. Os equipamentos encontrados
no local foram interditados (lacrados).
A Vigilância
Sanitária constatou que o produto, com datas de validade
vencida e em estado de decomposição, estava sendo armazenado
em condições de higiene precária. Também comprovou que
havia no local embalagens das marcas Triunfo e Fiapo, todas
com registros falsificados no SISP (Serviço de Inspeção do
Estado de São Paulo) e SIF. E verificou que o produto é
comercializado também com embalagens das marcas Tim, Floresta
e Rovigo.
A Secretaria
de Saúde deve publicar no Diário Oficial do Município nota
informando sobre a apreensão. A Vigilância Sanitária, nas
inspeções de rotina, vai procurar saber onde tem o produto.
Neste primeiro momento, foi constatado que o produto só é
vendido fora de Campinas.
De acordo com
o médico sanitarista Vicente Pisani Neto, coordenador da
Vigilância Sanitária de Campinas, o queijo nestas condições
pode estar contaminado com micróbios, principalmente fungos,
que causam danos à saúde como problemas gastrointestinais.
A enfermeira
sanitarista Eloísa Cristina dos Santos Costa, coordenadora da
Visa Noroeste, orienta que, ao adquirir queijos em pedaço,
fatiado ou ralado, o consumidor verifique se o produto está
em condições adequadas de refrigeração, confira a data de
validade e se a embalagem traz registro no SIF ou SISP.
"Ao
adquirir o queijo fatiado ou ralado, de preferência, o
consumidor deve exigir que o produto seja ralado ou fatiado na
sua presença", diz Eloísa. Se houver dúvida, o
consumidor deve entrar em contato com a Vigilância Sanitária
Municipal.