Equipes
encontraram muitas larvas do mosquito da dengue e um grande número
de criadouros disponíveis
Equipes da
Secretaria de Saúde de Campinas visitaram 547 domicílios na
Vila Padre Anchieta, na Região Norte da cidade, nestes dias
24 e 25 de junho. A ação é parte do trabalho de prevenção
à dengue, intensificado esta semana na área limítrofe com
Sumaré e Hortolândia. Na próxima semana (de 30 de junho a 4
de julho), as ações prosseguem no Shalon, na abrangência do
Centro de Saúde Santa Mônica, também Norte do município.
O resultado
dos primeiros dias de ação preocupa a Secretaria de Saúde
porque as equipes encontraram muitas larvas do mosquito da
dengue e um grande número de criadouros disponíveis, sendo
que a maior parte deles está dentro das casas e nos quintais.
Criadouros são recipientes que podem acumular água, servindo
assim de ambiente favorável para a prolifereção do Aedes
aegypti.
A maior parte
das larvas foi detectada nas caixas d’água. Em 28% das
casas visitadas havia caixa d’água com o inseto. Em todos
os locais, o recipiente foi limpo e as larvas eliminadas. As
famílias foram orientadas a manter a caixa limpa e vedada.
Caixas d’água,
pratos de vasos de plantas, potes, frascos de plásticos,
latas, garrafas e pneus também foram apontados como os
criadouros potenciais mais freqüentes naquela área. Todos os
materiais disponíveis foram removidos ou colocados em locais
livre de chuvas.
Os
profissionais de saúde atuaram ainda em estabelecimentos
comerciais, onde distribuíram informes e deram orientações
sobre como combater o mosquito. As ações também foram
intensificadas em sucateiros, ferros-velhos, borracharias –
considerados locais de médio e alto risco para a dengue.
Este ano, até
o momento, o número de confirmações de dengue está 70%
menor do que o total registrado no mesmo período de 2002. No
entanto, de acordo com a enfermeira sanitarista Salma Balista,
coordenadora da Covisa (Coordenadoria de Vigilância e Saúde
Ambiental) da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde
continua em alerta para qualquer caso suspeito da doença.
"O
trabalho para evitar a eclosão de outra epidemia vem sendo
intensificado a cada dia. A cada nova ocorrência,
desencadeamos todas as ações de controle. Além disso,
desenvolvemos trabalhos preventivos, educativos e estamos em
campanha constante. Agentes comunitários e outros
profissionais de saúde atuam diariamente espalhados por toda
cidade no combate ao mosquito transmissor da doença",
afirma a enfermeira sanitarista.
Mais ações
- Na terça-feira, 1 de julho, ocorre mutirão contra a dengue
na área do Balão do Laranja, região Noroeste da cidade. Na
quarta-feira, 2 de julho, a limpeza ocorre na área do CS
Santa Bárbara, região Norte. Na quinta, 3, os trabalhados
serão desenvolvidos na abrangência do CS União dos Bairros,
Sudoeste da cidade, e, na sexta, 4, na região Sul.
Estatística
– Campinas registrou, desde janeiro, 443 casos de dengue.
Deste total, 375 são autóctones e 68 são importados. Até o
momento, não foram confirmados casos de dengue hemorrágica.
Em 2002, foram 1458 confirmações, sendo 1246 autóctones.
Foram registrados 9 casos da forma hemorrágica da doença. Não
houve mortes.