A
Prefeitura de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde
(Visa) Noroeste, Departamento de Limpeza Urbana (DLU) e
Defesa Civil, com apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ),
adotou nestas terça-feira e quarta-feira, dias 31 de maio e
1 de junho, todas as medidas para reduzir os danos ao meio
ambiente e à saúde das pessoas e dos animais em uma área
particular na estrada do Mão Branca, Região Noroeste da
cidade, onde foram descartados cerca de 50 quilos de uma
substância pastosa, ainda não identificada, mas
aparentemente perigosa por ter sido a provável causa da
morte de cinco bovinos.
O descarte
de qualquer produto ou substância, perigosa ou não, em área
pública ou privada, consiste em crime ambiental passível
de multa e prisão. A ocorrência acontece
justamente na ocasião em que Campinas promove a Semana
Municipal de Meio Ambiente e comemora o Dia Mundial do Meio
Ambiente, em 5 de junho.
O problema
foi identificado primeiramente pelo proprietário da área,
um sitiante dono dos animais mortos, que acionou as
autoridades. Ao tomar conhecimento do caso, no final da
tarde de terça-feira, 31 de maio, a Defesa Civil acionou a
Vigilância em Saúde (Visa) e a Cetesb, órgão do Estado
responsável pelas questões relativas ao Meio Ambiente. Em
seguida, a Defesa Civil isolou a área.
A Visa
Noroeste registrou, nesta quarta-feira, 1 de junho, Boletim
de Ocorrência (BO) no 11o Distrito Policial e solicitou à
Polícia Técnica que comparecesse ao local para
providenciar a identificação do produto e do fabricante.
Numa análise no local, a Polícia Técnica inferiu que a
substância pode tratar-se de um produto alimentício. Uma
amostra foi recolhida e será encaminhada para análise no
Instituto Adolfo Lutz.
O DLU
providenciou o recolhimento e transporte do produto para o
Aterro Delta, onde ficará armazenado em tambores
temporariamente até o destino final, que vai depender da
caracterização do resíduo. Um dos animais mortos foi
recolhido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para análise.
A
enfermeira sanitarista Eloísa Costa, coordenadora da Visa
Noroeste, informou que, junto aos resíduos, as equipes
encontraram um rótulo que foi levado ao 11o Distrito
Policial para que a Polícia tente identificar o infrator
– que pode ser um fabricante ou um consumidor deste
fabricante ou até mesmo uma empresa que recolhe resíduos.
"Outra
providência será a inspeção sanitária na empresa
referida no rótulo, que fica na Região Sul de Campinas. O
objetivo é verificar se são seguidas as boas práticas de
fabricação e se a empresa realiza a rastreabilidade do
produto – que mostra para quem ela vende. Além disso, será
investigado se e a empresa faz recolhimento dos itens com
data de validade vencida e, se isto é feito, qual a destinação
que a empresa dá ao produto", diz.
O arquiteto
Flávio Gordon, da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde,
informa que esta a terceira ocorrência de descarte de resíduos
na Estrada do Mão Branca, nos últimos seis meses.
"Trata-se de uma estrada rural, com pouco trânsito,
entre Campinas e Hortolândia, e pessoas irresponsáveis se
aproveitam do pouco movimento para cometer este tipo de
crime que pode trazer riscos à saúde e ao meio
ambiente", diz. Segundo Gordon, a população pode
colaborar na vigilância de descarte de resíduos,
denunciando situações suspeitas à Vigilância em Saúde e
ao Serviço 156 ou à Defesa Civil, que atende pelo 195.
Denize
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