Seminário atualiza médicos da rede privada sobre tuberculose

02/06/2005

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde (Visa), em conjunto com a Direção Regional de Saúde (DIR-XII), Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pontifícia Universidade Católica (PUC-Campinas), Unimed e Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de São Paulo/Divisão de tuberculose, promove na próxima terça-feira, 7 de junho, das 19h30 às 22h30, no auditório da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), seminário de atualização em tuberculose para médicos da rede privada de saúde e dos prontos-socorros.

O objetivo é fortalecer a rede de diagnóstico e tratamento da doença que, segundo estudos, tem 40% dos casos diagnosticados pelos serviços de saúde da rede privada. O evento será dividido em três blocos: Epidemiologia: etiopatogenia, história natural da doença, transmissão; Diagnóstico clínico, laboratorial e radiológico e Tratamento e medidas de controle.

Para participar é necessário inscrever-se até 3 de junho. Médicos cooperados da Unimed, devem inscrever-se pelo endereço lucielen@unimedcampinas.com.br ou pelos telefones 3735-7014 ou 3735-7015. Os não cooperados, podem inscrever-se pelo telefone 3739-7047 ou pelo endereço nudrhesl@mpc.com.br Segundo a Secretaria de Saúde, o seminário é direcionado prioritariamente aos médicos da rede privada e dos prontos-socorros. Mas, se houver vagas excedentes, serão aceitas inscrições de outros profissionais de nível superior que tiverem interesse.

A enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Visa da Secretaria de Saúde, informa que a tuberculose é um grave problema de saúde, com aproximadamente 21 mil novos doentes por ano somente no Estado de São Paulo. Na Região da Direção Regional de Saúde (DIR-XII), que engloba Campinas, são diagnosticados 1,5 mil casos novos/ano. Do total de casos em São Paulo, 1,1 mil morrem a cada ano, sendo 70 na Região da DIR XII.

No município de Campinas, a situação também é grave. Em 2004, foram registrados 327 casos novos da doença, numa taxa de incidência de 23,2 por cada grupo de 100 mil habitantes. Houve 9 mortes, segundo preliminares dados da Vigilância em Saúde.

De acordo com Brigina, para reduzir a morbimortalidade e a transmissão da tuberculose, é fundamental descobrir precocemente os casos e tratá-los até a cura. "Para isso, é fundamental a capacitação de pessoal, a sensibilização dos médicos para pensar em tuberculose quando o paciente se apresentar com tosse pois esta doença ainda é um problema de saúde pública muito presente", diz.

Segundo a sanitarista, o controle da tuberculose é uma das prioridades da Secretaria de Saúde de Campinas, que atua em sintonia com os Programas Nacional e Estadual de Controle da Tuberculose.

Saiba mais. A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente ao falar, espirrar ou tossir, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial os pulmões. O tratamento, que dura seis meses, é fornecido pela rede pública de saúde e não pode ser abandonado em hipótese alguma.

O sintoma mais freqüente da tuberculose é a tosse, muitas vezes acompanha de escarro. Também podem surgir febre baixa, geralmente no final da tarde, fraqueza no corpo, perda de apetite, dores no peito e nas costas, suores noturnos e, às vezes, escarro com sangue. De acordo com Brigina, a orientação para a população é que procure o centro de saúde ao apresentar tosse há mais de três semanas.

Denize Assis

Mais informações:
Telefones: (19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br

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