Em uma
grande mobilização, Campinas contará com uma equipe de
1,4 mil, entre servidores e voluntários, engajada na
primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra
a Paralisia Infantil, no sábado, 11 de junho. As equipes
vão atuar em 300 postos de vacinação, fixos e volantes,
espalhados em todas as regiões da cidade. Para o
transporte e locomoção das equipes serão
disponibilizados 116 automóveis.
Com o
slogan "Vence mais uma, Brasil", a meta da
Secretaria Municipal de Saúde é vacinar pelo menos 71
mil crianças menores de cinco anos contra a doença num
único dia, o equivalente a 95% da população nesta faixa
etária no município. A vacinação é das 8h às 17h e
é necessário levar a carteira de vacinas porque serão
atualizadas as doses das demais vacinas que estiverem em
atraso.
O Ministério
da Saúde investiu recursos da ordem de R$ 22,8 milhões,
dos quais R$ 11,4 milhões para a compra de 27,9 milhões
de doses da vacina Sabin, que protege contra a
poliomielite. Campinas recebeu 120 mil doses da vacina,
que já foram distribuídas para os Centros de Saúde e Módulos
de Saúde da Família.
Em
Campinas, o último caso de poliomielite foi verificado em
1980. No Estado de São Paulo, em 1981. No Brasil, os últimos
casos foram nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte,
em 1989. Em 1994, o continente americano recebeu da
Organização Mundial de Saúde (OMS) o reconhecimento
pela erradicação da transmissão autóctone da doença.
Os países do Pacífico Ocidental receberam o
reconhecimento em 2000 e, a Europa, em 2002.
No
entanto, a poliomielite ainda ocorre na África, Sudeste
da Ásia e Mediterrâneo Oriental. Segundo a OMS, nos últimos
quatro anos, 12 países localizados nestas regiões
registraram casos: Angola, Etiópia, Madagascar, Mauritânia,
Níger, Nigéria, Índia, Afeganistão, Egito, Paquistão,
Somália e Sudão. Quase 80% dos casos notificados
recentemente no mundo se concentram na Nigéria, Índia e
Paquistão.
"Por
isso, é fundamental manter as campanhas de vacinação
contra a pólio - atingindo todas as crianças ao mesmo
tempo e em todas as localidades - mesmo nos países que já
erradicaram a doença, uma vez que o fluxo intenso e rápido
de viajantes pelo mundo pode, facilmente, propagar o
poliovírus", diz a enfermeira sanitarista Maria do
Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde (Visa) de
Campinas.
A vacina
contra a poliomielite, segundo Carmo Ferreira, é segura e
não apresenta contra-indicações. "É importante
que os pais levem as crianças nas duas etapas da vacinação,
independentemente delas estarem com febre, rinite, tosse
ou diarréia, e de terem tomado doses em várias campanhas
anteriormente", diz a sanitarista. A campanha é
composta por duas fases, sendo que a segunda ocorre em 20
de agosto. Informações sobre locais de vacinação podem
ser obtidas pelo número 156 ou pelos endereços www.campinas.sp.gov.br
ou www.campinas.sp.gov.br/saude
Denize
Assis
Mais
informações:
Telefones: (19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br