Campanha contra a pólio é prorrogada em Campinas até sexta-feira, 18 de junho

13/06/2005

A Secretaria de Saúde de Campinas prorrogou a Campanha de Vacinação contra a Paralisia Infantil no município até a próxima sexta-feira, 18 de junho, com o objetivo de melhorar a cobertura vacinal. No sábado, 11 de junho, dia nacional da campanha, foram vacinadas 58,1 mil crianças menores de 5 anos, ou 77,45% da população da cidade nesta faixa etária, composta por 75 mil habitantes.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cobertura vacinal contra a pólio deve abranger 95% das crianças menores de cinco anos. No caso de Campinas, isto corresponde a 71 mil. Já o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda aos estados que atinjam a cobertura mínima de 95% em pelo menos 80% dos municípios. Isso garantirá a homogeneidade da vacinação e evitará o reaparecimento da doença.

Segundo a OMS, a poliomielite é uma doença que ainda persiste no mundo, o que mantém elevado o risco de reintrodução do vírus selvagem em países que já erradicaram a pólio. Nos últimos dois anos, 16 países que já haviam controlado a doença, passaram a registrar casos novamente. Em 2004, foram registrados 1.267 casos no mundo. No ano anterior, haviam sido 784.

"Isto reforça mais uma vez que é preciso manter a estratégia que garantiu ao Brasil a erradicação da pólio, que inclui fortalecer a vigilância epidemiológica de todos os casos de paralisia flácida e assegurar a vacinação na rotina e nas campanhas em massa. A ação não só mantém o país livre da poliomielite, como também integra uma rede mundial em busca da erradicação desta doença", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Vigilância em Saúde (Visa) de Campinas.

Portanto, informa Brigina, até sexta-feira, os pais ou responsáveis devem levar as crianças menores de cinco anos que ainda não receberam a vacina ao centro de saúde mais próximo. A dose é gratuita e mesmo aqueles que já tomaram várias doses anteriormente devem ser vacinados. Na oportunidade, a criança pode receber também doses de outras vacinas que estiveram em atraso. Para isto, é necessário levar o cartão da criança. A dose contra a pólio será aplicada mesmo sem o cartão.

Vacinação animada. Entre os 58,1 mil vacinados no sábado estava Ricardo. O garoto tem pouco mais de três anos, mas já sabe da importância da campanha. "Preciso tomar as gotinhas para não ficar doente", disse. E, depois da vacina, Ricardo pode se divertir com os funcionários do Centro de Saúde Esmeraldina (região Sul), que receberam as crianças vestidos com fantasias de super-heróis e distribuíram guloseimas.

Também houve festa no Centro de Saúde DIC III (Região Sudoeste), que promoveu uma série atividades para os pequenos e seus familiares. Os integrantes da equipe dançaram quadrilha vestidos a caráter e o Grupo de Senhoras da Equipe Azul também participou do evento expondo peças de artesanato em barracas.

"As gotinhas são muito importantes. As mães precisam andar com as vacinas em dia. Para a criança é mais saúde e, para as mães, mais tranqüilidade", disse a dona de casa Maria das Graças, que levou seus dois filhos menores de cinco anos ao CS DIC III.

Denize Assis

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