Equipes
da Secretaria de Saúde de Campinas, constituídas por
profissionais do Centro do Controle de Zoonoses (CCZ),
da Vigilância em Saúde (Visa) Norte e do Centro de
Saúde (CS) de Barão Geraldo, iniciam nesta
quinta-feira, dia 16 de junho, vacinação contra a
raiva em gatos e cães na Vila Santa Izabel, Região
Norte da cidade.
A
medida, chamada tecnicamente de bloqueio de foco, está
sendo desencadeada devido a um caso de raiva em um
morcego encontrado na Vila. O resultado positivo para
raiva foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto
Pasteur. Este é o terceiro caso de raiva em morcego
registrado em Campinas este ano.
Além
da vacinação, o bloqueio inclui investigação
epidemiológica para averiguar se alguém teve contato
com o morcego e trabalho educativo com os moradores da
área, que vão ser orientados sobre a doença e a
importância de vacinar anualmente gatos e cachorros.
O médico veterinário Paulo Mancuso, do CCZ, informa
que as ações de bloqueio são desencadeadas todas as
vezes em que é confirmado um caso de raiva. Segundo
ele, existe a probabilidade de que algum cão ou gato
tenha tido contato com o morcego contaminado e, assim,
funcione como um elo entre o animal doente e o homem
ou outro animal.
"Por
isso, é muito importante que todos os animais sejam
vacinados independentemente de terem recebido a vacina
em campanhas ou em clínica particulares e mesmo que o
procedimento tenha sido realizado recentemente. Gatos
que nunca tomaram a vacina antes, devem, depois da
vacinação, receber reforço após um mês", diz
Mancuso.
Doença
fatal.
A raiva é uma doença sempre fatal e pode atingir o
ser humano se ele mantiver contato com algum animal
infectado. Segundo a médica veterinária Jeanette
Trigo Nasser, do Departamento de Saúde Coletiva da
Secretaria Municipal de Saúde, todas as espécies de
morcego, independente do seu hábito alimentar, podem
transmitir a raiva ao morder para tentar se defender
ou por meio da saliva espalhada pelo corpo devido aos
seus hábitos higiênicos.
"Por
isso, é importante que as pessoas nunca toquem em
morcegos, independente deles estarem vivos ou
mortos", diz. De acordo com Jeanette, ao
encontrar morcego caído no chão, vivo ou morto, o
correto é entrar em contato com o CCZ pelos telefones
3245-1219 ou 3245-2268 ou procurar o Centro de Saúde
mais próximo.
Segundo
Jeanette, todos estes esforços – de vigilância
epidemiológica e vacinação - são necessários para
manter Campinas como área de raiva controlada, condição
que difere de outras regiões brasileiras onde ainda
ocorrem casos de raiva humana. "Neste momento,
por exemplo, está ocorrendo um surto da doença no
Pará, em Fermiana, área rural do município de Viseu,
onde, desde maio, pelo menos oito pessoas, seis crianças,
já morreram em conseqüência da raiva".
Mais
informações:
Denize
Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
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