Vigilância interdita farmácia de manipulação por fraude e adulteração de matérias-primas

17/06/2005

A Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde (Visa) Leste, interditou cautelarmente na tarde da última quinta-feira, 16 de junho, a área de manipulação da farmácia Favo de Mel, na rua Barão de Atibaia, 1.218, Vila Itapura, por fraudar e adulterar matérias-primas utilizadas na manipulação de produtos.

A farmácia possuía em seus estoques substâncias controladas, porém identificadas de maneira incorreta – como se fossem outros produtos. O frasco rotulado como vitamina B1 continha, na verdade, a substância Anfepramona. Os técnicos encontraram também, no local, uma folha de papel contendo uma relação de 26 matérias-primas controladas e na frente de cada uma delas estava relacionado o nome de outro produto não controlado. Por exemplo: Anfepramona – Vitamina B1.

A fraude e a adulteração foram comprovadas por laudos de análises do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Entre os produtos constatados constam, além da Anfrepamona, de efeito anorexígeno, Diazepam e Bromazepam, de efeito ansiolítico. Estas substâncias, de tarjas pretas, são controladas pela Portaria 344/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde.

Outra irregularidade constatada pela equipe é que o estabelecimento não possuía livro de registro, nem as notas fiscais de procedência. A prática constitui crime contra a saúde pública e a denúncia foi levada ao Ministério Público nesta sexta-feira, dia 17, para as providências necessárias. A farmácia pode entrar com recurso.

A ação da Visa foi resultado de informação encaminhada pelo Disque-Denúncia, da Polícia. A pessoa que denunciou a irregularidade informou que o proprietário vendia medicamentos controlados sem receita médica e anabolizantes. Também contou que qualquer pessoa podia adquirir os medicamentos controlados no local e que os anabolizantes eram vendidos em academias.

A enfermeira sanitarista Salma Balista, diretora do Departamento de Saúde Coletiva da Prefeitura, informa que o medicamento vendido sem prescrição médica tanto pode não surtir o efeito desejado pela pessoa como pode provocar agravos à saúde. E, no caso específico das substâncias comercializadas por esta farmácia, podem causar tanto dependência física como psíquica e, em casos extremos, até levar à morte.

Salma afirma que as pessoas devem exercer a cidadania e denunciar situações irregulares. Além disso, reforça que é importante que as pessoas não comprem e não utilizem remédios sem prescrição médica. A Vigilância alerta aos proprietários e farmacêuticos que exerçam sua atividade com responsabilidade, porque o estabelecimento farmacêutico é muito mais que um simples comércio, trata-se de uma empresa de interesse à saúde.

Para contatar a Vigilância em Saúde as pessoas devem telefonar para 3242-5870 (Região Norte), 32686244 (Noroeste), 3212-2755 (Leste), 3227-4499 (Sudoeste), 3273-5999 (Sul) ou solicitar informações pelo telefone 156.

Mais informações:
Denize Assis
Telefones: (19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br

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