A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio da Vigilância
em Saúde (Visa) Leste, interditou cautelarmente na tarde
da última quinta-feira, 16 de junho, a área de manipulação
da farmácia Favo de Mel, na rua Barão de Atibaia, 1.218,
Vila Itapura, por fraudar e adulterar matérias-primas
utilizadas na manipulação de produtos.
A farmácia
possuía em seus estoques substâncias controladas, porém
identificadas de maneira incorreta – como se fossem
outros produtos. O frasco rotulado como vitamina B1
continha, na verdade, a substância Anfepramona. Os técnicos
encontraram também, no local, uma folha de papel contendo
uma relação de 26 matérias-primas controladas e na
frente de cada uma delas estava relacionado o nome de
outro produto não controlado. Por exemplo: Anfepramona
– Vitamina B1.
A fraude
e a adulteração foram comprovadas por laudos de análises
do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Entre os produtos
constatados constam, além da Anfrepamona, de efeito
anorexígeno, Diazepam e Bromazepam, de efeito ansiolítico.
Estas substâncias, de tarjas pretas, são controladas
pela Portaria 344/98 da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária do Ministério da Saúde.
Outra
irregularidade constatada pela equipe é que o
estabelecimento não possuía livro de registro, nem as
notas fiscais de procedência. A prática constitui crime
contra a saúde pública e a denúncia foi levada ao
Ministério Público nesta sexta-feira, dia 17, para as
providências necessárias. A farmácia pode entrar com
recurso.
A ação
da Visa foi resultado de informação encaminhada pelo
Disque-Denúncia, da Polícia. A pessoa que denunciou a
irregularidade informou que o proprietário vendia
medicamentos controlados sem receita médica e
anabolizantes. Também contou que qualquer pessoa podia
adquirir os medicamentos controlados no local e que os
anabolizantes eram vendidos em academias.
A
enfermeira sanitarista Salma Balista, diretora do
Departamento de Saúde Coletiva da Prefeitura, informa que
o medicamento vendido sem prescrição médica tanto pode
não surtir o efeito desejado pela pessoa como pode
provocar agravos à saúde. E, no caso específico das
substâncias comercializadas por esta farmácia, podem
causar tanto dependência física como psíquica e, em
casos extremos, até levar à morte.
Salma
afirma que as pessoas devem exercer a cidadania e
denunciar situações irregulares. Além disso, reforça
que é importante que as pessoas não comprem e não
utilizem remédios sem prescrição médica. A Vigilância
alerta aos proprietários e farmacêuticos que exerçam
sua atividade com responsabilidade, porque o
estabelecimento farmacêutico é muito mais que um simples
comércio, trata-se de uma empresa de interesse à saúde.
Para
contatar a Vigilância em Saúde as pessoas devem
telefonar para 3242-5870 (Região Norte), 32686244
(Noroeste), 3212-2755 (Leste), 3227-4499 (Sudoeste),
3273-5999 (Sul) ou solicitar informações pelo telefone
156.
Mais
informações:
Denize
Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço
eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br