Campinas vacina 84% das crianças menores de cinco anos contra a pólio

20/06/2005

Campinas vacinou 68,6 mil crianças contra a poliomielite na primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação, de 11 a 17 de junho, segundo dados da Vigilância em Saúde (Visa) da Prefeitura. Os números de imunizados representam 84% do total de pessoas menores de cinco anos na cidade, que constituem uma população de 75 mil. O resultado está abaixo da cobertura de 95% recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde.

A Secretaria informa que, há vários anos, o município não alcança esta meta. No ano passado, a cobertura vacinal atingiu 85% na primeira etapa da Campanha. A hipótese mais provável para este fato, segundo os técnicos da Visa Municipal, é a de que tanto a população em geral como os profissionais de saúde não valorizam o risco da reintrodução da pólio em nosso meio.

"Esta é uma doença que está controlada há bastante tempo em nosso município, quando o último caso foi em 1980, e no Brasil, que registrou a última ocorrência em 1989. Isso dá uma impressão de que este é um perigo distante, não real, o que diminui o apelo, a importância da estratégia fazendo com que as pessoas considerem a campanha como secundária", diz a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, da Visa de Campinas.

Segundo Brigina, outra explicação é o fato da campanha ter virado rotina. "A estratégia acontece há mais duas décadas e não tem mais o apelo da novidade", diz. Mas a sanitarista informa que a persistência dessa doença no mundo mantém elevado o risco de reintrodução do vírus selvagem em países que já erradicaram a pólio, incluindo o Brasil.

Brigina aproveita para lembrar que a segunda fase da Campólio acontece em 20 de agosto, quando todas as crianças menores de cinco anos, inclusive as que tomaram a dose nesta primeira etapa, devem voltar as postos para tomar as gotinhas. "Todos devem participar. A estratégia brasileira, que inclui fortalecer a vigilância epidemiológica e assegurar a vacinação, não só mantém o país livre da poliomielite, como também integra uma rede mundial para a manutenção da erradicação desta doença", finaliza.

Denize Assis

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