A
Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria
Municipal de Saúde, promove em 1 de julho, a partir
das 8h, no Senai da Avenida da Saudade, o Seminário
de Atualização em Raiva e Profilaxia. O evento,
direcionado a médicos, enfermeiros e demais
profissionais de saúde que atuam na prevenção dos
casos de raiva, necessita de inscrição prévia que
deve ser feita até dia 29 de junho pelos telefones
3735-0187 ou 3735-0186 com Sandra, Marli e Afonso.
O
objetivo é atualizar e capacitar as equipes sobre a
situação epidemiológica da doença em Campinas e no
Brasil, profilaxia da doença em humanos, medidas de
prevenção da transmissão da raiva e biologia e
manejo de morcegos em área urbanas.
O
seminário será aberto pela enfermeira sanitarista
Brigina Kemp, da Vigilância em Saúde (Visa) de
Campinas, e terá como palestrantes a médica veterinária
Tosca de Lucca, da Visa Norte, o médico veterinário
Ricardo Conde Alves Rodrigues, do Centro de Controle
de Zoonoses (CCZ) de Campinas, a bióloga Míriam Sodré,
do setor de quirópteros do CCZ de São Paulo, e Neide
Takaoka, diretora geral do Instituto Pasteur.
Segundo
informações da Vigilância em Saúde de Campinas,
este ano, Campinas registrou quatro casos de raiva em
morcegos, um no Centro (Região Leste) e o restante em
bairros da Região Norte. Em 2004, foram três casos,
um no Centro e dois na Região Norte e, em 2003,
cinco, sendo três na Leste e dois na Norte.
"Como
temos circulação do vírus rábico em morcego, é
fundamental promover a educação em saúde,
utilizando todas as formas possíveis de divulgar,
entre a população, informações sobre a doença,
cuidados a serem adotados ao encontrar morcegos e o
risco que este animal representa na transmissão da
raiva", diz a médica veterinária Tosca de Lucca,
da Visa Norte.
De
acordo com Tosca, além disso, é necessário divulgar
a importância de manter gatos e cães vacinados, uma
vez que, se estes animais não estiverem protegidos,
aumenta muito o risco de serem registrados casos em
animais e em humanos. A veterinária explica que a
transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente
na saliva do animal infectado penetra no organismo,
através da pele ou mucosas, por mordedura,
arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo
necessariamente agressão.
"Portanto,
a transmissão pode ocorrer diretamente do morcego
para o ser humano, do morcego para o animal e do
animal infectado para o homem", diz. Segundo o
Instituto Pasteur, no Brasil, em espaços urbanos, o
principal transmissor da raiva para o homem é o cão,
seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego.Saiba
mais. A raiva é uma doença que acomete mamíferos e
que pode ser transmitida aos homens, sendo portanto,
uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto
para os homens quanto para os animais.
Em
alguns países desenvolvidos, a maior preocupação já
não é mais pela transmissão por gatos e cães, mas
por animais silvestres. No Brasil, a raiva humana
ainda faz vítimas, como vem ocorrendo no Pará nas últimas
semanas, quando já foram notificados, em um único
município, cinco casos confirmados da doença e oito
suspeitos.
Mais
informações:
Denize
Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
Endereço
eletrônico: denize.assis@campinas.sp.gov.br