A
Prefeitura Municipal de Campinas, por meio da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), realiza neste sábado, dia 10,
em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de
Estado da Saúde, a primeira fase da Campanha Nacional de
Vacinação contra a Paralisia Infantil, quando todas as
crianças menores de cinco anos devem tomar a gotinha
contra a poliomielite, independente de terem tomado
doses anteriores.
A abertura
oficial da campanha será às 08h00, no Centro de Saúde 31
de Março (Rua Antônio Pavin, 1065, Vila 31 de Março),
com a presença do prefeito Hélio de Oliveira Santos, do
Secretário de Saúde José Francisco Saraiva, além de
autoridades municipais e profissionais da saúde.
Serão
mobilizados 1,4 mil servidores municipais para trabalhar
em 292 postos de vacinação, 187 fixos e 105 volantes,
espalhados por todas as regiões da cidade. A vacinação
vai das 8h às 17h e é gratuita. A SMS dispõe de 120 mil
doses da vacina
O objetivo
da campanha é vacinar 95% das crianças menores de 5 anos
(4 anos, 11 meses e 29 dias) residentes em Campinas. De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o município tem uma população
estimada de 82 mil crianças com menos de cinco anos.
A
poliomielite é uma doença viral aguda, cujo quadro
clínico é caracterizado por febre, mal estar, cefaléia,
distúrbio gastrintestinal e rigidez de nuca, acompanhado
ou não de paralisa, podendo também levar a morte.
“È
importante todos os pais ou responsáveis levarem seus
filhos comparecerem aos postos de vacina no próximo
sábado para imunizarem seus filhos”, diz a enfermeira
sanitarista Brigina Kemp, da Coordenadoria de Vigilância
em Saúde (Covisa) de Campinas. Os pais e responsáveis
pelos menores de cinco anos também poderão atualizar as
vacinas das crianças.
Além da
dose contra a paralisia infantil, estarão disponíveis as
vacinas BCG, que protege contra formas graves da
tuberculose, e a tetravalente, contra difteria, tétano,
coqueluche e infecções causadas pelo Haemophilus tipo b.
Também serão aplicadas a tríplice viral, contra sarampo,
caxumba e rubéola, e a vacina que protege contra a
hepatite B.
Universal
A poliomielite já paralisou milhares de
crianças no decorrer da história. Ainda hoje, são
encontrados milhares de casos da síndrome pós-pólio
naqueles que algum dia foram acometidos pela infecção. E
a gotinha oral contra a poliomielite é a única forma
capaz de erradicar mundialmente a doença que ainda
ocorre nas regiões da África, Mediterrâneo Oriental e
Sudeste da Ásia..
Todos os
menores de cinco anos devem ser vacinados, mesmo os que
estiverem com tosse, gripe, rinite ou diarréia, e mesmo
os que tiverem tomado a dose em várias campanhas
anteriores. “A vacinação universal, indiscriminada e em
todas as localidades, de todos os menores de cinco anos
de idade, é fundamental para preservar a erradicação da
paralisia infantil no país”, afirma a enfermeira
sanitarista.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI)
recomenda aos estados que atinjam a cobertura mínima de
95% em pelo menos 80% dos municípios. Isso garantirá a
homogeneidade da vacinação e evitará o reaparecimento da
doença. O último caso verificado no país ocorreu em
1989, no município de Sousa, na Paraíba. A criança
acometida pela doença sobreviveu sem seqüelas. No
entanto, a poliomielite pode causar paralisias
permanentes, principalmente dos membros inferiores, ou
até matar.
Na década
de 1970, foram mais de 21 mil casos da doença no País.
No estado de São Paulo, o último caso foi registrado em
1988, no município de Teodoro Sampaio. Em Campinas, a
última ocorrência é de 1980.
A partir
de 1980, o Brasil adotou a estratégia de vacinar todas
as crianças menores de cinco anos. O resultado foi a
redução para 2,8 mil casos na década e a erradicação da
doença, certificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
em 1994. Mas é importante que o País continue a manter a
boa cobertura vacinal nas campanhas anuais, realizadas
em duas fases, pois há risco de a doença ser
reintroduzida, já que a pólio ainda é endêmica em vários
países da África e da Ásia, continentes com grande
trânsito de pessoas no Brasil. Sem a vacinação, o país
ficaria vulnerável.
A
segunda etapa da campanha contra a paralisia infantil
ocorre em 26 de agosto. Informações sobre locais de
vacinação podem ser obtidas pelo número 156 ou pelos
endereços www.campinas.gov.br
ou www.campinas.gov.br/saude.