Campinas vai mobilizar 1,3 mil servidores em 275 postos na 1ª etapa da vacinação infantil

15/06/2007

A Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai disponibilizar 275 postos de vacinação, fixos e volantes, das 8h às 17h deste sábado, na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação Infantil. Para garantir o sucesso da estratégia, serão mobilizados 1.338 profissionais de saúde e disponibilizados 120 veículos. Nas áreas de difícil acesso, como zona rural, haverá postos móveis.

A expectativa é vacinar pelo menos 66 mil crianças, o que representa 95% do total de 69,5 mil habitantes com menos de cinco anos no município. Além da vacina contra a poliomielite, as crianças poderão receber doses que estejam em atraso na caderneta, como tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilo), tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela e hepatite b. As doses são gratuitas.

Por isso, a Secretaria de Saúde orienta que os pais levem a caderneta de vacinação dos filhos. No entanto, a criança poderá receber as doses mesmo sem a carteira. “A vacina contra a poliomielite é segura e eficaz. É importante que as crianças sejam levadas ao posto nas duas fases da campanha. A segunda etapa ocorrerá em 25 de agosto, também um sábado”, afirma a médica pediatra Maria Fernanda Haddad, coordenadora da Área Técnica da Saúde da Criança e do Adolescente em Campinas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina oral contra a poliomielite é a única vacina capaz de erradicar a doença no mundo. No Brasil, a utilização da vacina oral durante as campanhas é recomendada pelo Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunização e se constitui em ação complementar para a vacinação de rotina.

O secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, afirma que a vacinação de todas as crianças, ao mesmo tempo e em todas as localidades, é uma das mais fundamentais ações para a manutenção da erradicação da paralisia infantil no País.

O último caso registrado da doença em Campinas ocorreu em 1981. No Estado de São Paulo foi em 1998, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil, a doença está erradicada há 18 anos, sendo que os últimos casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.

“No entanto, é necessário que estejamos sempre vigilantes. O vírus da paralisia infantil ainda circula em alguns países da África e Ásia, podendo retornar ao Brasil a qualquer momento caso nossas crianças não estejam devidamente protegidas”, diz Francisco Saraiva.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2006 foram confirmados 2002 casos da paralisia infantil no mundo.

O secretário reforça que é necessário que as pessoas compreendam que vacinar seus filhos na campanha, também ajuda a proteger as outras crianças. “Por isso, pais e responsáveis por crianças menores de cinco anos têm o compromisso inadiável de levá-las ao posto de vacinação mais próximo para receber as duas gotinhas da Sabin neste sábado. Vacinar todos ao mesmo tempo garante a homogeneidade necessária para impedir que a pólio volte a ocorrer no nosso bairro, na nossa cidade, no país”, afirma.

A poliomielite é uma doença viral aguda que tem como principais sintomas dor de cabeça, mal-estar, febre e, nos casos mais graves, paralisia. É de notificação compulsória, o que significa que qualquer caso em território nacional deve ser imediatamente notificado aos serviços de vigilância epidemiológica para que sejam adotadas as medidas necessárias de prevenção e bloqueio.

Informações sobre locais de vacinação em Campinas podem ser obtidas pelo telefone 156, da Prefeitura.

Denize Assis

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