A Prefeitura de Campinas, por
meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai disponibilizar
275 postos de vacinação, fixos e volantes, das 8h às 17h
deste sábado, na primeira etapa da Campanha Nacional de
Vacinação Infantil. Para garantir o sucesso da estratégia,
serão mobilizados 1.338 profissionais de saúde e
disponibilizados 120 veículos. Nas áreas de difícil acesso,
como zona rural, haverá postos móveis.
A expectativa é vacinar pelo
menos 66 mil crianças, o que representa 95% do total de 69,5
mil habitantes com menos de cinco anos no município. Além da
vacina contra a poliomielite, as crianças poderão receber
doses que estejam em atraso na caderneta, como tetravalente
(contra difteria, tétano, coqueluche e hemófilo), tríplice
viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela e
hepatite b. As doses são gratuitas.
Por isso, a Secretaria de
Saúde orienta que os pais levem a caderneta de vacinação dos
filhos. No entanto, a criança poderá receber as doses mesmo
sem a carteira. “A vacina contra a poliomielite é segura e
eficaz. É importante que as crianças sejam levadas ao posto
nas duas fases da campanha. A segunda etapa ocorrerá em 25
de agosto, também um sábado”, afirma a médica pediatra Maria
Fernanda Haddad, coordenadora da Área Técnica da Saúde da
Criança e do Adolescente em Campinas.
Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a vacina oral contra a poliomielite é a
única vacina capaz de erradicar a doença no mundo. No
Brasil, a utilização da vacina oral durante as campanhas é
recomendada pelo Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira
de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunização e se
constitui em ação complementar para a vacinação de rotina.
O secretário municipal de
Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, afirma que a vacinação
de todas as crianças, ao mesmo tempo e em todas as
localidades, é uma das mais fundamentais ações para a
manutenção da erradicação da paralisia infantil no País.
O último caso registrado da
doença em Campinas ocorreu em 1981. No Estado de São Paulo
foi em 1998, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil, a
doença está erradicada há 18 anos, sendo que os últimos
casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.
“No entanto, é necessário que
estejamos sempre vigilantes. O vírus da paralisia infantil
ainda circula em alguns países da África e Ásia, podendo
retornar ao Brasil a qualquer momento caso nossas crianças
não estejam devidamente protegidas”, diz Francisco Saraiva.
De acordo com dados da
Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2006 foram
confirmados 2002 casos da paralisia infantil no mundo.
O secretário reforça que é
necessário que as pessoas compreendam que vacinar seus
filhos na campanha, também ajuda a proteger as outras
crianças. “Por isso, pais e responsáveis por crianças
menores de cinco anos têm o compromisso inadiável de
levá-las ao posto de vacinação mais próximo para receber as
duas gotinhas da Sabin neste sábado. Vacinar todos ao mesmo
tempo garante a homogeneidade necessária para impedir que a
pólio volte a ocorrer no nosso bairro, na nossa cidade, no
país”, afirma.
A poliomielite é uma doença
viral aguda que tem como principais sintomas dor de cabeça,
mal-estar, febre e, nos casos mais graves, paralisia. É de
notificação compulsória, o que significa que qualquer caso
em território nacional deve ser imediatamente notificado aos
serviços de vigilância epidemiológica para que sejam
adotadas as medidas necessárias de prevenção e bloqueio.
Informações sobre locais de
vacinação em Campinas podem ser obtidas pelo telefone 156,
da Prefeitura.
Denize Assis