A população de Campinas que
participar da VII Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays,
Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTTB) de Campinas terá
acesso à distribuição de 50 mil camisinhas através do Programa
Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PM-DST/Aids)
da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de
Campinas.
Um trio-elétrico do Programa de
DST/Aids de Campinas percorrerá as ruas da cidade junto à
Parada. No carro estarão amigos e convidados do Programa,
representantes da Secretaria Municipal de Saúde, organizações
parceiras e outros serviços de saúde da cidade. Também estarão
no carro ganhadores do concurso de novos talentos da Vila Padre
Anchieta, atividade realizada há uma semana e que integra a
programação do V Mês da Diversidade Sexual de Campinas.
No total, uma equipe de 40
pessoas estará na Parada LGTTB 2007 para realizar a ação de
prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e à aids. A
estratégia objetiva reduzir a vulnerabilidade à transmissão do
hiv e outras dst. As relações sexuais sem uso de camisinha são a
principal forma de transmissão do vírus da aids. A equipe
acompanhará todo o trajeto da Parada, desde a concentração no
Largo do Pará (Avenida Francisco Glicério).
O Programa de DST/Aids de
Campinas também contará com a "Tenda de Acolhida na VII Parada
do Orgulho LGTTB" na concentração da Parada, a partir das 13h.
O Programa espera neste ano aproximadamente 50 mil pessoas nas
ruas de Campinas reivindicando, de forma festiva, uma sociedade
menos homofóbica e mais acolhedora à diversidade sexual e de
gênero.
Sob o tema "Na luta contra o
machismo, racismo e homofobia", a Parada de Campinas promete
repetir a festa e a mobilização social do ano passado. O
Programa realizará a a campanha "Vista-se!" de prevenção às
doenças sexualmente transmissíveis e ao hiv/aids, de incentivo
ao uso da camisinha em todas as relações sexuais.
Camisinhas são distribuídas
gratuitamente em todos os centros de saúde de Campinas e no
Centro de Referência (CR) do Programa Municipal de DST/Aids.
Além das camisinhas, o teste de hiv e sífilis também é oferecido
gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS). Para
saber mais sobre o teste as pessoas devem informar-se no Centro
de Referência DST/Aids, localizado à rua Regente Feijó, 637, no
Centro, ou pelo telefone (19) 3236 - 3711, de segunda
a
sexta-feira, das 8h às 18h.
A aids não tem cura, mas pode ter
tratamento. Quanto mais cedo a pessoa souber que tem o vírus,
mais rápido ela poderá iniciar o tratamento através dos
medicamentos anti-retrovirais e terapias complementares. Para
saber mais sobre o tratamento a população pode informar-se no
Centro de Referência DST/Aids (Regente Feijó, 637, Centro) de
segunda a sexta, das 7h às 8h, ou pelo telefone
(19) 3234 - 5000.
Alegria e prevenção
A psicóloga Bete Zuza,
coordenadora do Núcleo de Educação e Comunicação Social do
Programa DST/Aids de Campinas explica que as ações de prevenção
no V Mês da Diversidade Sexual de Campinas são realizadas
através de parcerias firmadas entre as entidades e instituições
que realizam e apóiam os eventos, como a Parada LGTTB de 2007.
"Simultaneamente a esta
manifestação de alegria e de reivindicação do respeito à
diversidade sexual, nossa equipe busca incentivar a prevenção ao
hiv e às DSTs entre as pessoas em um momento em que fala-se dos
direitos sexuais que são inalienáveis. O acesso à plena
cidadania é uma importante de reduzir a vulnerabilidade social",
explica a psicóloga. Para ela, o preconceito e à discriminação
contribuem para uma baixa auto-estima e que tem como
conseqüência as práticas sexuais sem proteção.
Dados epidemiológicos
Embora o maior crescimento da
epidemia seja entre mulheres e homens heterossexuais, a medida
visa dar visibilidade ao preservativo e ampliar a capacidade de
controle da epidemia entre as diferentes categorias de exposição
ao hiv/aids e às dst. Segundo o Programa DST/Aids de Campinas
até o dia 30 de novembro de 2006 foram notificados 4.763 casos
da síndrome no município, desde a década de 80, início da
epidemia.
Apesar de estável, a epidemia
avança principalmente entre as mulheres – feminilização da
epidemia. Além disso, nos últimos anos, começaram a aparecer
casos entre mulheres acima de 50 anos numa velocidade pelo menos
2,5 vezes maior que nas outras faixas etárias.
Outra característica de Campinas
é que a epidemia incide em faixas etárias superiores, com uma
concentração de casos em homens de 25 a 49 anos e em mulheres na
faixa etária de 25 a 39 anos, ao contrário do que acontece no
Brasil.
Segundo a enfermeira sanitarista
Cristina Ilario, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids
de Campinas, em relação à distribuição por sexo, no início da
epidemia havia uma predominância grande de casos no sexo
masculino sobre os casos no sexo feminino. Em 1987, para cada 11
homens com Aids havia uma mulher (11/1). Atualmente, a razão é
de 1,5/1. "Isto mostra o quanto a epidemia aumenta mais
rapidamente entre mulheres", diz Cris Ilário.
Segundo a sanitarista, a análise
dos dados é fundamental no sentido de incrementar as ações
educativas e de prevenção. "A Aids tem uma epidemiologia
dinâmica em função das mudanças tecnológicas, culturais,
demográficas entre outras. É importante estarmos atentos para
estas mudanças para que possamos ser mais efetivos nas medidas
de controle que incluem também e principalmente orientação à
população e priorização de grupos para enfocar medidas de
prevenção", afirma Cristina.
....................................................................................................................................
Mais informações à Imprensa:
(19) 9708 – 0426 // (19) 3232 - 3283 ramal 24, com Eli Fernandes
- Assessoria de Imprensa do
Centro de Referência do Programa Municipal de
DST/Aids
de Campinas - Rua Regente
Feijó, 637, Centro - Telefone: (19) 3234 - 5000
FiqueSabendo
Tudo Sobre o Teste de HIV e Sífilis - Coas/CTA:
3236 - 3711,
das 8h às 18h, de 2ª a 6ª, exceto aos feriados.
Campinas, 22 de junho de 2007
À Imprensa de Campinas:
O Programa Municipal de Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria Municipal
de Saúde (SMS) de Campinas, vem convidá-lo(a) para a nossa
"tenda de acolhida" na VII Parada do Orgulho de Lésbicas,
Gays, Travestis, Transexuais e Bissexuais de Campinas (LGTTB),
que acontecerá no próximo dia 24 de junho, na concentração
da Parada, no Largo do Pará – Centro, a partir das 13 horas.
Esperamos neste ano aproximadamente 50.000
pessoas nas ruas de Campinas reivindicando, de forma
festiva, uma sociedade menos homofóbica e mais acolhedora à
diversidade sexual e de gênero.
Sob o tema "Na luta contra o machismo,
racismo e homofobia", a Parada de Campinas promete repetir a
festa e a mobilização social do ano passado. Será uma imensa
alegria tê-lo(a) entre nós para dar cobertura para a maior
manifestação social de Campinas.
Nesta oportunidade estaremos realizando a
campanha "Vista-se!" de prevenção às doenças sexualmente
transmissíveis e ao hiv/aids.
Cientes da importância de sua colaboração,
colocamo-nos à disposição para o que for necessário.
Atenciosamente,
Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario
Coordenadora do Programa Municipal DST/Aids
de Campinas