Balanço da Vigilância em
Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas,
divulgado nesta quarta-feira, 27 de junho, demonstra que 88%
das crianças do município menores de 5 anos receberam a
vacina Sabin durante a 1ª etapa da Campanha Nacional de
Vacinação Infantil, realizada entre 16 e 22 de junho.
Na primeira etapa da Campanha
de 2006, 82,8% das crianças foram vacinadas. Em 2005, a
cobertura vacinal foi de 84% na mesma etapa. A indicação do
Ministério da Saúde é que 80% dos municípios brasileiros
consigam atingir 95% de cobertura, meta que é mais difícil
de ser conquistada em cidades metropolitanas com o perfil de
Campinas.
Segundo o médico pediatra
Pedro Humberto Scavariello, diretor municipal de saúde de
Campinas, vários fatores contribuem para que a cidade não
atinja a meta estipulada pelo Ministério da Saúde. “As
pessoas ainda não compreenderam a importância da vacina.
Muitas vezes elas usam o raciocínio, incorreto, de que por
terem participado de várias campanhas anteriores e já terem
recebido a dose na rotina, não é necessário mais uma dose.
Também contribui o fato de não se registrar mais casos da
doença há muitos anos no Brasil o que dá a impressão de um
risco distante, entre outros fatores”, diz.
Contingente.
Na 1ª etapa da campanha em Campinas foram mobilizados 1,3
mil servidores em 275 postos de vacinação. Na área rural e
nos locais mais distantes, as doses chegaram em unidades
volantes por causa do acesso difícil. O município recebeu
120 mil doses da Sabin (contra a poliomielite).
A Organização Mundial de
Saúde (OMS) estima que a imunização contra a poliomielite em
todo o mundo previna 550 mil casos da doença a cada ano.
Antes do desenvolvimento da vacina, na década de 50, a
poliomielite matava ou deixava seqüelas físicas em cerca de
600 mil pessoas todos os anos.
O último caso registrado da
doença em Campinas ocorreu em 1981. No Estado de São Paulo
foi em 1998, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil, a
doença está erradicada há 18 anos, sendo que os últimos
casos foram registrados no Rio Grande do Norte e Paraíba.
Segundo a Organização Mundial
de Saúde (OMS), a vacina oral contra a poliomielite é a
única vacina capaz de erradicar a doença no mundo. No
Brasil, a utilização da vacina oral durante as campanhas é
recomendada pelo Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira
de Pediatria e Sociedade Brasileira de Imunização e se
constitui em ação complementar para a vacinação de rotina.
A 2ª etapa da Campanha
Nacional de Vacinação Infantil acontece no dia 25 de agosto.
Denize Assis