Campinas desenvolve projeto para prevenção à aids e DSTs entre lésbicas e outras mulheres que fazem sexo com mulheres

24/06/2008

Autor: Eli Fernandes

Trabalho é realizado no Centro de Saúde Boa Vista em parceria do Programa Municipal de DST/Aids e Centro de Referência LGTTB

Iniciado em março de 2007 o projeto "Chegou a Hora de Cuidar da Saúde", desenvolvido em Campinas, é o piloto de um projeto nacional para prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) voltado para as mulheres lésbicas e mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM). Após mais de um ano de experimentação o projeto agora poderá ser levado a outras unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) em Campinas.

"Chegou a Hora de Cuidar da Saúde" é uma parceria do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas com o Centro de Referência para Lésbicas,Gays,Travestis, Transexuais e Bissexuais (LGTTB) e a organização não-governamental (ONG) Identidade.

Através do projeto são realizadas oficinas de sensibilização para os profissionais de saúde, buscando identificar as dificuldades e percepção sobre gênero, identidade de gênero, orientação sexual, preconceito, políticas públicas para a saúde da mulher e princípios do SUS.

Além disso, é realizada uma discussão sobre os resultados de pesquisa envolvendo as mulheres lésbicas cujos dados apontam a falta de percepção das mesmas sobre o risco da infecção por DST/HIV, dificuldade de exporem sua orientação sexual e conseqüentemente, de acessarem os serviços de saúde.

Entre os resultados já verificados pela equipe que desenvolve o projeto estão um maior interesse e sensibilização dos profissionais relacionados aos temas abordados, sendo que muitos se interessaram em buscar maior qualificação para o acolhimento e atendimento.

Segundo a enfermeira Maria Alice Satto, do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas, o objetivo é expandir o projeto para o SUS-Campinas. "O que estamos fazendo agora é a construção de indicadores que nos permitirão conhecer a população em questão, monitorar e avaliar para futura expansão para outras unidades básicas de saúde", disse.

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