Prefeitura de Campinas mobiliza 1,3 mil servidores contra a pólio

22/06/2009

Autor: Denize Assis

Neste ano, a vacinação ocorrerá nos dias 20 de junho e 22 de agosto. A meta é imunizar mais de 67mil crianças campineiras menores de cinco anos

A Secretaria de Saúde de Campinas vai mobilizar mais de 1,3 mil servidores neste sábado, dia 20 de junho, para garantir o sucesso da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite que, este ano, tem o slogan “Não dá pra vacilar. Tem que vacinar.”

A meta é vacinar 67,5 mil crianças campineiras menores de cinco anos, o que representa 95% da população nesta faixa etária no município. No Brasil, são 14,7 milhões. A segunda etapa ocorrerá no dia 22 de agosto.

Ao todo, serão instalados 292 postos de vacinação, 201 fixos e 91 volantes, em toda cidade, inclusive nos locais mais distantes. Mais de 100 veículos vão ser utilizados para apoiar as equipes e para as ações de logística. Informações sobre os postos podem ser obtidas pelo telefone 156.

A Vigilância em Saúde recebeu 120 mil doses da pólio. Também serão disponibilizadas outras vacinas para crianças com a carteira em atraso. Por isso, é importante levar a caderneta de vacinação, embora a falta do documento não impeça a pessoa de receber a gotinha.

No Brasil. O Brasil, assim como toda a América Latina, já foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que não há circulação do vírus da poliomielite no nosso território. Essa vitória sobre o vírus ocorreu, sobretudo, por três frentes de atuação: a vacinação de rotina, a vigilância epidemiológica de casos e pelas campanhas de vacinação, realizadas desde a década de 1980.

Segundo a Vigilância em Saúde de Campinas, atualmente, a campanha é importante para garantir que o país continue livre da circulação do vírus que ocasiona a doença, já que ela ainda ocorre no mundo.

“A campanha de vacinação contra a paralisia infantil, iniciada nos anos 80, derrotou a doença no Brasil. Para continuar assim, não podemos nos descuidar. Por isso, é muito importante que os responsáveis pelos menores de cinco anos levem as crianças para que tomem as gotinhas que protegem contra a pólio nas duas etapas da campanha todos os anos. As gotinhas não têm contra-indicações. A aplicação não provoca dor e a vacina é a única prevenção”, afirma o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

O secretário informa que no início da década de 80, a poliomielite atingia anualmente cerca de três mil pessoas no nosso país. Segundo ele, o último registro da pólio em Campinas é de 1980. No estado de São Paulo, o último caso foi registrado em 1988, no município de Teodoro Sampaio. No Brasil, ocorreu em 1989. Em 1994, a Organização Mundial de Saúde concedeu ao Brasil o certificado de erradicação da doença.

No mundo. Existe um movimento mundial de erradicação da pólio. A doença é endêmica (a transmissão é constante) em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo. Em 2008, foram registrados mais de 1,5 mil casos da doença no mundo.

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