Campinas amplia vacinação contra a nova gripe para servidores da rede pública de educação

28/06/2010

Autor: Denize Assis

Campinas anunciou nesta segunda-feira, dia 28 de junho, a ampliação da Campanha de Vacinação contra a gripe H1N1para servidores da educação das redes pública estadual e municipal. Portanto, a partir de hoje, além de professores serão vacinados assistentes, administrativos, pessoal de limpeza e demais profissionais destes estabelecimentos.

A medida, que já vinha sendo avaliada pela Secretaria de Saúde de Campinas, segue orientação da Divisão de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde e não inclui os alunos, somente servidores.

Para inclusão deste novo grupo, a Secretaria de Estado da Saúde considerou os estoques disponíveis da vacina contra a gripe A (H1N1). Em Campinas, o estoque é de cerca de 18 mil doses. O número de servidores públicos municipais e estaduais de educação é de aproximadamente 15,6 mil. No entanto, é necessário considerar que nesta população muitos já tomaram a dose por estarem incluídos anteriormente nos grupos prioritários.

A vacina para este público vai estar disponível nos Centros de Saúde (CSs) Balão do Laranja e Valença, na região noroeste, no Capivari e São Cristóvão, região sudoeste, e em todos os CSs das regiões leste e norte da cidade. Na região sul, para os servidores de educação municipal, as vacinas serão disponibilizadas nos CSs Faria Lima e São José. Para os profissionais da rede estadual, todas as unidades da região sul vão disponibilizar vacinas. As doses ficam disponíveis nos horários de funcionamento das unidades, que é diferente em cada serviço e podem ser conferidos pelo telefone 156 da Prefeitura. A vacinação termina dia 8 de julho.

“É importante que as pessoas tomem o quanto antes a dose já que a Vigilância em Saúde já tem confirmado casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (DRAG) por H1N1 no município e a vacina leva cerca de 15 dias para gerar uma resposta imunológica no organismo”, diz a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas.

Balanço. Até o momento, Campinas vacinou 574.712 pessoas. No total, foram aplicadas 613.184 doses, se consideradas as segundas doses das crianças. Em todos os grupos, a meta de cobertura vacinal foi atingida. “Apesar de nos segmentos das gestantes e da população de 2 a menores de 5 anos o dado administrativo indicar uma menor cobertura em comparação aos demais segmentos, consideramos que atingimos a meta. A campanha foi um sucesso, uma grande vitória do Sistema Único de Saúde, além de apontar a credibilidade da população no Programa Nacional de Imunização e o grande esforço das equipe de saúde”, afirma o secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

Situação da doença. Este ano, foram confirmados seis casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por H1N1 em Campinas, sendo que um deles, referente a uma jovem de 34 anos, evoluiu para óbito. Em 2009, foram 206 casos, entre e Síndrome Respiratória Aguda Grave e H1N1, e 17 óbitos.

Segundo a enfermeira sanitarista Brigina Kemp, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Campinas, espera-se em 2010 que o município tenha um número menor de casos já que parte da população vem sendo infectada pelo vírus H1N1, portanto já desenvolveu uma imunidade natural. Além disso, quase metade da população foi vacinada este ano.

“Esperamos menos casos e ocorrências menos graves já que a população mais suscetível está protegida pela vacina, temos medicação disponível e as equipes de saúde estão mais preparadas do que em relação ao ano passado, quando o comportamento da pandemia era pouco conhecido. Apesar disso, temos que manter atenção aos casos de síndrome gripal. A gripe ou influenza, comum e H1N1, é uma doença grave e merece atenção. Portanto, é importante atenção das pessoas, que devem procurar um serviço de saúde ao apresentar sintomas de síndrome respiratória, que inclui febre e dificuldade para respirar, e dos profissionais de saúde, que devem valorizar estes sinais, diagnosticar e tratar precocemente os casos”, disse Brigina.

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