Ouro Verde terá novos leitos e ampliará cirurgias, exames e consultas

01/06/2012

Autor: Maria Finetto e Diego Geraldo

O Complexo Hospitalar Ouro Verde, localizado na região Sudoeste, ampliará significativamente o atendimento aos pacientes, com o aumento não só do número de leitos, mas de uma série de procedimentos médicos como cirurgias, exames e consultas.

O contrato aditivo que permite a ampliação foi assinado nesta sexta-feira, 1º de junho, pelo prefeito Pedro Serafim; o médico Gilberto Scarazatti, do Ministério da Saúde; o secretário municipal de Saúde, Fernando Brandão e diretores da SPDM - Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, que administra o hospital em cogestão com a Secretaria de Saúde.

Serão abertos 49 novos leitos para internação e, com isso, o número de cirurgias passará de 350 para 790 por mês. O hospital tem hoje 131 leitos e, com mais os 49, passará a ter 180 leitos para internação. O aditivo mantém 19 leitos de retaguarda para o Pronto Socorro do Ouro Verde. Somados aos 180 leitos hospitalares, o Complexo Ouro Verde terá 199 leitos.

Segundo cálculos feitos pela direção do Ouro Verde, para atender a ampliação da totalidade de leitos prevista no Termo Aditivo, a previsão é a contratação de aproximadamente 300 funcionários nos próximos meses.

O hospital aumentará de 6,1 mil para 7,6 mil os exames realizados mensalmente. Entre eles, estão os de mamografias, que passarão de 100 para 900 por mês. No caso de consultas, o número passará de 8,4 mil para 9,5 mil por mês.

O Serviço de Reabilitação ampliará de 940 para 4.600 os procedimentos oferecidos a cada mês, contemplando todas as áreas de atenção: cardiológica, respiratória e neurológica, além da ampliação da traumato-ortopedia.

O hospital criará o Serviço de Atenção e Internação Domiciliar (SAID), que atenderá 120 pacientes por mês.

O Ouro Verde também será informatizado e passará por pequenas adaptações físicas para atender às normas da Vigilância Sanitária.

O prefeito Pedro Serafim lembrou, em seu discurso, as negociações do governo atual com a SPDM para viabilizar a assinatura do aditivo que "hoje se faz realidade". As negociações foram retomadas em seu governo em janeiro deste ano com reuniões quase diárias. O governo atual também foi pagando em dia todos os compromissos com a SPDM.

Serafim destacou a colaboração do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para viabilizar o acordo que resultou no aditivo.

O prefeito lembrou quando ele, mais os prefeitos de Hortolândia, Angelo Perugini; o de Sumaré, José Antonio Bacchim e o de Monte Mor, Rodrigo Maia, foram recebidos pelo ministro numa tarde de domingo de um feriado prolongado para tratarem de uma solução conjunta e estratégica para o sistema básico de saúde.

"Ficou claro que a solução era assinar o aditivo com a SPDM para ampliação do Ouro Verde".

Repasse

Portaria do Ministério da Saúde prevê o aditamento no valor de R$ 2,6 milhões por mês. Como o custeio do Ouro Verde é de R$ 4,9 milhões por mês, o repasse mensal para o hospital será da ordem de R$ 7,5 milhões. O contrato aditivo com a SPDM vai até março de 2013.

O prefeito ressaltou que o seu governo tem aplicado, do próprio orçamento do município, 30% em saúde. "Somados aos 26% que somos obrigados a gastar com a Educação, mais da metade do orçamento está sendo empenhada nessas duas áreas", disse Serafim.

Ele reafirmo aos diretores da SPDM que continuará mantendo os pagamentos em dia e que a auditoria que apura o débito passado será agilizada. "Podem ter certeza que o município de Campinas não vai descuidar do atendimento à saúde".

O médico Gilberto Scarazatti, que representou o Ministério da Saúde na solenidade, comemorou com "muito orgulho a construção do aditivo". Ele parabenizou o prefeito e o secretário de Saúde, Fernando Brandão, pelos esforços e competência em cumprir à risca o investimento feito pelo governo federal no Ouro Verde. "O investimento feito há nove meses não foi em vão", disse.

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde tem repassado os recursos para o Fundo Municipal de Saúde para ser aplicado no Ouro Verde, na ampliação de serviços. O valor acumulado soma cerca de R$ 19,8 milhões.

Urgência

Para o secretário de Saúde, Fernando Brandão, o aditamento representa mais serviços de saúde à população de Campinas e região.

Os novos leitos ajudarão a aliviar o déficit do setor na cidade, uma vez que o Ouro Verde dá retaguarda aos PAs (Pronto Atendimento) e aos PS (Pronto Socorro) para urgência e emergência, recebendo os pacientes que aguardam por internação hospitalar.

"Essa ampliação levará a futuras expansões para colocar o Ouro Verde na sua plenitude. O segundo semestre deve ter um cenário bem diferente do atual e do que enfrentamos no começo do ano", afirmou Brandão.

Com a ampliação do Ouro Verde, a Secretaria de Saúde busca atenuar a perda de 87 leitos fechados desde o final do ano passado, 41 da Irmandade de Misericórdia e 46 do Celso Pierro.

Também presente na cerimônia, o superintendente da SPDM, Nacime Mansur, disse que, com o aditamento, o Ouro Verde conseguirá dar um atendimento satisfatório aos pacientes.

Ele agradeceu a confiança depositada pelo atual governo na empresa e reafirmou sua expectativa de uma gestão hospitalar produtiva para o sistema de saúde.

A cerimônia de assinatura reuniu também o vice-prefeito de Campinas, Francisco Soares de Souza; o prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini; os vereadores Luiz Yabiku, Zé Carlos e Aurélio Cláudio; o presidente da Sanasa, Marco Antonio dos Santos; o presidente do Hospital Municipal Mário Gatti, Salvador Affonso Pinheiro; o diretor técnico do Ouro Verde, Gustavo Guth; o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Paulo Porsani; diretores da Secretaria de Saúde; médicos e representantes das entidades médicas de Campinas e Região e convidados.

PS Metropolitano

O prefeito Pedro Serafim destacou que a Prefeitura trabalha em cinco frentes para melhorar o atendimento da saúde à população de Campinas e das cidades da região. A primeira é a ampliação de leitos e serviços do Ouro Verde e a segunda, a construção do Pronto-Socorro (PS) Metropolitano, no distrito de Nova Aparecida, região Norte.

A próxima é a construção do PS Suleste, seguida do Centro de Saúde do Oziel, que se soma à reabertura do Pronto Atendimento (PA) do Centro.

O prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini, disse, durante a cerimônia da assinatura do aditivo, que as conversas conjuntas entre Campinas, Hortolândia, Sumaré e Monte Mor em relação ao PS Metropolitano já estão avançadas no Ministério da Saúde. "É esperada ainda para este mês a concorrência para a construção. E a entrega do prédio é prevista para aproximadamente 90 dias". O PS Metropolitano vai oferecer mais 100 leitos.

Perugini elogiou o empenho do prefeito de Campinas para melhorar o atendimento da saúde na região. "Trabalhamos em uma irmandade, uma vez que o ocorrido em uma cidade se reflete nas outras".

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