Sindimed prevê colapso na Saúde se Prefeitura insistir com demissões dos trabalhadores do Cândido Ferreira

01/06/2012

Autor: Marco Aurélio Capitão

O texto assinado por Casemiro Reis Jr., presidente do Sindicato dos Médicos, coloca que Campinas está diante de um quadro de iminente calamidade pública

Em nota encaminhada na tarde de ontem ao Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS), o Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed) manifesta preocupação e repúdio com as demissões indiscriminadas de trabalhadores que ocorrem na Rede Municipal de Saúde.

De acordo com o documento , devido à incapacidade de a Prefeitura Municipal de Campinas executar as ações necessárias que constam no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado na Cidade Judiciária, a rede municipal encontra-se na iminência de perder 650 trabalhadores, entre os quais cerca de cem médicos.

A nota do Sindimed, assinada por seu presidente, Casemiro dos Reis Júnior, que também é presidente da Federação das Entidades Médicas do Estado de São Paulo, deixa claro que a demissão dos trabalhadores, sem a devida reposição, “implicará redução significativa em atividades assistenciais e até interrupção completa de atendimento em diversas unidades, como os prontos-socorros, prontos-atendimentos, Serviço de Atendimento Domiciliar , Samu/192, setores do Hospital Mário Gatti etc.”.

Ao final, o texto assinado por Casemiro Reis coloca que Campinas está diante de um quadro de iminente calamidade pública. No seu entender, caso a Prefeitura insista com as demissões injustificadas, “haverá grave desassistência à população com aumento, inclusive, do risco de desfechos fatais”.

O Sindimed coloca-se ao lado Conselho Municipal de Saúde na luta contra a iminente desassistência à população. “Endossamos a resolução do Conselho Municipal de Saúde aprovada pelo seu pleno em 30 de maio de 2012 e apelamos à Prefeitura para que reconsidere e interrompa imediatamente as demissões em curso. Apelamos também a sensibilidade social do Ministério Público para que frente à essa situação, firmem um acordo em torno de um plano que envolva a regularização da situação, com prazos de execução factíveis à luz das condições atuais”.

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