Estratégia
faz parte do conjunto de ações
adotadas pelo município para enfrentar a raiva animal
A Prefeitura de
Campinas, por meio da Secretaria de Saúde, já cadastrou 244
propriedades rurais na área de abrangência do Centro de Saúde
(CS) Taquaral, nos bairros Campo Belo, Bananal, Carlos Gomes,
Recanto dos Dourados e Gargantilha.
O
cadastramento, iniciado em 3 de julho – os dados foram
computados até 12 de julho -, faz parte da série de intervenções
que estão sendo adotadas para enfrentar a epizootia de raiva em
herbívoros na região Leste da cidade. As intervenções também
incluem realização de inquérito epidemiológico de raiva e
mapeamento das colônias de morcego.
Desde o início
da ação, os profissionais de saúde também notificaram mais
um caso positivo da doença em bovino e identificaram 33 colônias
de morcegos, das quais duas já foram identificadas como sendo
de morcegos hematófagos.
Nesta
sexta-feira (19 de julho), às 14h, os coordenadores das equipes
que estão atuando na operação vão se reunir no Centro de Saúde
Taquaral. O objetivo é avaliar o rendimento do trabalho e
definir as ações educativas e as estratégias para ampliar a
divulgação da questão da raiva animal no município.
Os trabalhos são
realizados por agentes de saúde e por profissionais do CS
Taquaral, da Visa Leste (Vigilância em Saúde) e do CCZ (Centro
de Controle de Zoonoses), que atuam devidamente identificados.
As ações
ainda incluem orientações à população sobre a importância
de vacinar herbívoros - bovinos, eqüinos, suínos e ovinos –
e cães e gatos, além do levantamento da população de
tratadores e de outros profissionais que têm contato com herbívoros
para verificar necessidades de medidas de prevenção a serem
adotadas.
Epizootia
- Campinas enfrenta epizootia de raiva em herbívoros desde
2000, quando a doença atingiu animais no Distrito de Joaquim Egídio,
na região Leste da cidade. Em 2001, a doença atingiu também
Souzas e a área rural do Taquaral, quando a Secretaria de Saúde
confirmou 30 casos de raiva, distribuídos entre bovinos, eqüinos
e quirópteros - morcegos. Em 2002, já foram confirmados 23
casos, todos em herbívoros.
A ocorrência
da doença em animais que convivem próximos ao ser humano
aumenta a possibilidade da doença, sempre fatal, atingir o
homem. Por isso, é importante que as pessoas informem o Centro
de Saúde ou o Escritório de Defesa Animal se algum animal
morrer com suspeita de raiva ou por outro motivo desconhecido.
Controle
- O controle da raiva em herbívoros deve ser feito por meio de
vacinação do rebanhos e do controle da população de
morcegos. A vacinação em animais de grande porte é de
responsabilidade do proprietário. Em áreas onde ocorre
epizootia a revacinação é obrigatória e deve ser feita a
cada seis meses.
Outra medida
importante no controle da raiva é a vacinação de cães e
gatos. Em Campinas, a Prefeitura realiza campanha de vacinação
contra a raiva para estes animais todo ano. Além disso, o
Centro de Controle de Zoonoses mantém a vacinação durante
todo ano. A vacinação é grátis.
Este ano, a
Campanha de Vacinação contra a Raiva Animal no município começa
no segundo final de semana de setembro (14 e 15) e se estende
para os quatro finais de semana seguintes. A expectativa é
vacinar, pelo menos, 102 mil animais entre cães e gatos.
Em 2001, foram
vacinados 102.504, sendo 94.076 cães e 8.458 gatos. Além
disso, para cada caso de raiva animal notificado foi realizada
vacinação intensiva de cães e gatos em toda região de abrangência
da propriedade em que houve o caso.
Além da vacinação,
é importante que a população contribua para diminuir o número
de animais abandonados que perambulam pelas ruas da cidade e
evite crias indesejáveis. As crias podem ser evitadas prendendo
a fêmea no cio ou por meio da castração.