Lançamento
é mais uma etapa do Programa Municipal
de Acompanhamento e Aconselhamento da Doença Falciforme.
O programa proporciona uma vida mais digna para quem mais
precisa.
A saúde melhora e todos os cidadãos ganham
A Prefeitura de
Campinas, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e de
Educação e da Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra,
ao lado da Comissão de Acompanhamento do Programa da Doença
Falciforme, lançam, nesta terça-feira (30 de julho), a
cartilha e o programa de capacitação da anemia falciforme. A
solenidade de lançamento será no Centro de Convivência
Cultural, às 14h, com participação da prefeita de Campinas,
Izalene Tiene.
Os programas
específicos da capacitação serão apresentados pelo Secretário
Municipal de Saúde, Gastão Wagner de Sousa Campos, pela Secretária
Municipal de Educação, Corinta Maria Geraldi, pela
coordenadora da Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra,
Cleusa Aparecida da Silva, pelo vereador Sebastião Arcanjo,
autor da lei municipal que cria o programa e pela médica Sílvia
Brandalise, coordenadora do Cipói - Unicamp (Centro Integrado
de Pesquisas Onco-Hematológicas na Infância).
A anemia
falciforme é uma doença hereditária comum no mundo inteiro.
No
Brasil, a mortalidade em conseqüência da doença é bastante
alta entre os
afro-descendentes. A alta mortalidade se deve à falta de políticas
públicas
que contemplem as necessidades de saúde desta parcela da população.
Para corrigir
esta falha, a Prefeitura Campinas regulamentou, em 2001, a lei
que criou o Programa Municipal de Acompanhamento e
Aconselhamento da Doença Falciforme. A lei, de 1997, é de
autoria do vereador Sebastião Arcanjo.
Desde então,
definiu-se o papel dos Centros de Saúde, dos Prontos-Socorros e
dos demais equipamentos da rede municipal de saúde com relação
à anemia
falciforme. Foram criados grupos de trabalho para sistematizar
estas
responsabilidades e um destes grupos ficou responsável por
organizar a
capacitação dos profissionais da rede.
A capacitação
inclui sensibilizar os profissionais de saúde para a relação
da anemia falciforme e de outras doenças com a afro-descendência.
Também vai fornecer subsídios para que estes trabalhadores façam
o diagnóstico da
doença.
Além disso,
vai treinar os servidores para fazer o tratamento e
acompanhamento dos falcêmicos e das crianças portadoras do traço
falciforme,
além do aconselhamento de suas famílias.
E a Prefeitura
de Campinas quer ir além no preparo dos profissionais
designados para coletar dados, diagnosticar e tratar a doença
falciforme. A idéia é disseminar a informação sobre a doença,
diminuir o preconceito e aumentar a expectativa de vida das
pessoas.
Saiba mais sobre a doença falciforme:
O que é?
É uma doença hereditária, não contagiosa, que caracteriza-se
pela alteração nos glóbulos vermelhos. É mais comum entre os
africanos e seus descendentes.
Quais os sintomas?
Os sinais da doença são dores fortes nos ossos, músculos e
articulações, associadas ou não a infecções, exposição ao
frio ou a esforços. Os falcêmicos também têm palidez, cansaço
fácil e icterícia (cor amarelada). Nas crianças pode haver
inchaço nos pés e nas mãos e muitas dores. Em suas crises, a
doença provoca dores intensas e infecções repetidas.
Há cura?
A doença falciforme não tem cura. Porém, pode ser controlada
com alguns cuidados simples de saúde e acompanhamento médico.