Prefeitura lança cartilha e programa de capacitação da anemia falciforme

29/07/2002

Lançamento é mais uma etapa do Programa Municipal 
de Acompanhamento e Aconselhamento da Doença Falciforme. 
O programa proporciona uma vida mais digna para quem mais precisa. 
A saúde melhora e todos os cidadãos ganham

A Prefeitura de Campinas, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e de
Educação e da Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra, ao lado da Comissão de Acompanhamento do Programa da Doença Falciforme, lançam, nesta terça-feira (30 de julho), a cartilha e o programa de capacitação da anemia falciforme.
A solenidade de lançamento será no Centro de Convivência Cultural, às 14h, com participação da prefeita de Campinas, Izalene Tiene.

Os programas específicos da capacitação serão apresentados pelo Secretário
Municipal de Saúde, Gastão Wagner de Sousa Campos, pela Secretária Municipal de Educação, Corinta Maria Geraldi, pela coordenadora da Coordenadoria de Assuntos da Comunidade Negra, Cleusa Aparecida da Silva, pelo vereador Sebastião Arcanjo, autor da lei municipal que cria o programa e pela médica Sílvia Brandalise, coordenadora do Cipói - Unicamp (Centro Integrado de Pesquisas Onco-Hematológicas na Infância).

A anemia falciforme é uma doença hereditária comum no mundo inteiro. No
Brasil, a mortalidade em conseqüência da doença é bastante alta entre os
afro-descendentes. A alta mortalidade se deve à falta de políticas públicas
que contemplem as necessidades de saúde desta parcela da população.

Para corrigir esta falha, a Prefeitura Campinas regulamentou, em 2001, a lei
que criou o Programa Municipal de Acompanhamento e Aconselhamento da Doença Falciforme. A lei, de 1997, é de autoria do vereador Sebastião Arcanjo.

Desde então, definiu-se o papel dos Centros de Saúde, dos Prontos-Socorros e
dos demais equipamentos da rede municipal de saúde com relação à anemia
falciforme. Foram criados grupos de trabalho para sistematizar estas
responsabilidades e um destes grupos ficou responsável por organizar a
capacitação dos profissionais da rede.

A capacitação inclui sensibilizar os profissionais de saúde para a relação
da anemia falciforme e de outras doenças com a afro-descendência. Também vai fornecer subsídios para que estes trabalhadores façam o diagnóstico da
doença.

Além disso, vai treinar os servidores para fazer o tratamento e acompanhamento dos falcêmicos e das crianças portadoras do traço falciforme,
além do aconselhamento de suas famílias.

E a Prefeitura de Campinas quer ir além no preparo dos profissionais designados para coletar dados, diagnosticar e tratar a doença falciforme. A idéia é disseminar a informação sobre a doença, diminuir o preconceito e aumentar a expectativa de vida das pessoas.


Saiba mais sobre a doença falciforme:
O que é?
É uma doença hereditária, não contagiosa, que caracteriza-se pela alteração nos glóbulos vermelhos. É mais comum entre os africanos e seus descendentes.

Quais os sintomas?
Os sinais da doença são dores fortes nos ossos, músculos e articulações, associadas ou não a infecções, exposição ao frio ou a esforços. Os falcêmicos também têm palidez, cansaço fácil e icterícia (cor amarelada). Nas crianças pode haver inchaço nos pés e nas mãos e muitas dores. Em suas crises, a doença provoca dores intensas e infecções repetidas.

Há cura?
A doença falciforme não tem cura. Porém, pode ser controlada com alguns cuidados simples de saúde e acompanhamento médico.

Volta ao índice de notícias